A 0LYMPIKUS, rara marca brasileira a competir na selva dos fabricantes de tênis, há tempos associa seus modelos às atividades outdoor, à natureza, à, digamos, liberdade.
Não é a única a fazer isso, claro, já que as atividades indoor não parecem falar muito ao falo dos publicitários na hora deles mostrarem as possibilidades publicitariamente ilimitadas de um tênis.
Mas patrocinar a mara do Rio já não basta para os amigos da Vulcabras-Azaleia. Recentemente a marca levou uma meia dúzia de pessoas para Fernando de Noronha para ali gravar cenas do lançamento de seu novo modelo, o Pride.
Aproveitou também a locação luxuosa para colocar no ar um novo institucional em que mostra a corrida como ferramenta de exploração de novos territórios – como todos adoram hashtags, aí vai a grelha: #descubracorrendo.
E dá-lhe Morro do Pico e Dois Irmãos.
Conquanto se trate de estratégia comercial, não filosófica, a marca e o editor deste pasquim não poderiam estar em maior sintonia.
Pois, como já disse algumas vezes, a autonomia que o condicionamento físico e mental que a corrida generosamente nos dá faz com que sejamos o nosso próprio ônibus de turismo
(Daqueles vermelhos, com o segundo andar aberto e tudo).
Explico melhor essa imagem no primeiro link da enxurrada de links que segue.
A CORRIDA COMO NOSSO PRÓPRIO ÔNIBUS DE TURISMO
CORRENDO NA ÁFRICA DO SUL
CORRENDO EM NOVA YORK
MARATONANDO NA NOVA ZELÂNDIA
CORRENDO EM OLÍMPIA, NÃO A PAULISTA, A GREGA
CORRENDO EM BUENOS AIRES
CORRENDO EM JERI
CORRENDO EM NORONHA (SOB CHUVA)
CORRENDO EM SALVADOR
CORRENDO EM TODAS AS CAPITAIS DO SUDESTE
PINGUIM, O HOMEM DA CORRIDA-TRANSPORTE
Mas em vez de levar anônimos, modelos ou eventualmente blogueiros para Noronha, a marca poderia ter chamado para o rolé o fotógrafo Marcos Viana Pinguim, o inventor da corrida-transporte.
Sim, porque corrida é também, ou melhor, é MUITO modal de transporte – ela te leva para qualquer lugar.
Pinguim enxerga longe: sabe ver o óbvio.