Um grande aliado

Paulo Vieira

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HÁ DIVERSAS CORRIDAS PELO MUNDO que envolvem algum consumo de bebidas alcoólicas. É famosa a Maratona do Médoc, na França, em setembro, que passa por 50 propriedades vinícolas, prova em que são servidos, além do vinho, aperitivos como ostras;  a contraparte brasileira é a Wine Run de Bento Gonçalves, organizada pelo pessoal da revista Adega.

Mas é a cerveja, por seu poder diurético e pela fórmula que pode envolver 90% de água, que melhor combina com essa atividade aeróbica que exige reidratação constante.

birra

Não à toa, provas de intensidade, como o circuito internacional Beer Mile, incluem distâncias curtas e consumo razoável de cerveja – 1,2 litro para um tiro de 1,6K.

Cervejas pilsen de baixo grau alcoólico (até 5% do volume total)  são preferíveis às mais encorpadas. O pão líquido, como a antiquíssima bebida é também chamada, ainda contém uma pequena porção de proteínas e cerca de um terço de suas calorias provém de carboidratos.

É dito também que, qual o vinho, a cerveja pode agir para melhorar os níveis do HDL, o colesterol bom, mas essa conversa deixo para os nutricionistas de estirpe, como a nossa colaboradora Livia Hasegawa.

BEER MILE

A MARATONISTA CERVEJEIRA

SP, 30 GRAUS

A MARA DE SP, VIVACE

A MELHOR FEIJOADA PARA MARATONISTAS HETERODOXOS

LIVIA E A DIETA QUE INTERESSA A VOCÊ

NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO (NEM O QUE EU DIGO)

WINE RUN À BRASILEIRA

VINHO, NUDEZ, MENTIRAS E CHOCOLATE

A MARATONA MAIS GELADA DO BRASIL

As temperaturas frias são um excelente aliado do maratonista cervejeiro, já que, em situação de calor e consequente grande perda de líquido, a desidratação provocada por umas e outras tomadas na véspera de provas importantes – quase sempre o sabadão – vai certamente contribuir para a redução de performance.

Mas no frio, como o pessoal de Porto Alegre viu anteontem, a conversa é outra. Aí o sabadão pode ser quase sem censura. Recomenda-se, contudo, não avançar além dos 700ml de cerveja nesse dia e nos outros.

Se maratonistas e outros corredores precisam de uma madrinha cervejeira, apresento uma: a atleta olímpica chilena Erika Olivera, 40 anos, que já ganhou o ouro na maratona do Pan. Na véspera de uma prova importante, para combater a ansiedade e a insônia, ele toma uma lata de cerveja.

“Não digo que dá certo para todo mundo, mas pra mim é útil e me relaxa muito. Tomo uma lata de cerveja antes e só vou levantar no outro dia. É um método que comecei a fazer muitos anos atrás. E agora é parte das minhas manias antes de uma competição importante.”

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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