HÁ DIVERSAS CORRIDAS PELO MUNDO que envolvem algum consumo de bebidas alcoólicas. É famosa a Maratona do Médoc, na França, em setembro, que passa por 50 propriedades vinícolas, prova em que são servidos, além do vinho, aperitivos como ostras; a contraparte brasileira é a Wine Run de Bento Gonçalves, organizada pelo pessoal da revista Adega.
Mas é a cerveja, por seu poder diurético e pela fórmula que pode envolver 90% de água, que melhor combina com essa atividade aeróbica que exige reidratação constante.
Não à toa, provas de intensidade, como o circuito internacional Beer Mile, incluem distâncias curtas e consumo razoável de cerveja – 1,2 litro para um tiro de 1,6K.
Cervejas pilsen de baixo grau alcoólico (até 5% do volume total) são preferíveis às mais encorpadas. O pão líquido, como a antiquíssima bebida é também chamada, ainda contém uma pequena porção de proteínas e cerca de um terço de suas calorias provém de carboidratos.
É dito também que, qual o vinho, a cerveja pode agir para melhorar os níveis do HDL, o colesterol bom, mas essa conversa deixo para os nutricionistas de estirpe, como a nossa colaboradora Livia Hasegawa.
BEER MILE
A MARATONISTA CERVEJEIRA
SP, 30 GRAUS
A MARA DE SP, VIVACE
A MELHOR FEIJOADA PARA MARATONISTAS HETERODOXOS
LIVIA E A DIETA QUE INTERESSA A VOCÊ
NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO (NEM O QUE EU DIGO)
WINE RUN À BRASILEIRA
VINHO, NUDEZ, MENTIRAS E CHOCOLATE
A MARATONA MAIS GELADA DO BRASIL
As temperaturas frias são um excelente aliado do maratonista cervejeiro, já que, em situação de calor e consequente grande perda de líquido, a desidratação provocada por umas e outras tomadas na véspera de provas importantes – quase sempre o sabadão – vai certamente contribuir para a redução de performance.
Mas no frio, como o pessoal de Porto Alegre viu anteontem, a conversa é outra. Aí o sabadão pode ser quase sem censura. Recomenda-se, contudo, não avançar além dos 700ml de cerveja nesse dia e nos outros.
Se maratonistas e outros corredores precisam de uma madrinha cervejeira, apresento uma: a atleta olímpica chilena Erika Olivera, 40 anos, que já ganhou o ouro na maratona do Pan. Na véspera de uma prova importante, para combater a ansiedade e a insônia, ele toma uma lata de cerveja.
“Não digo que dá certo para todo mundo, mas pra mim é útil e me relaxa muito. Tomo uma lata de cerveja antes e só vou levantar no outro dia. É um método que comecei a fazer muitos anos atrás. E agora é parte das minhas manias antes de uma competição importante.”