A Olympikus botando pra correr

Paulo Vieira

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A OLYMPIKUS ESTÁ FAZENDO UM GRANDE esforço para mostrar que é o grande player do mercado esportivo brasileiro.

Faz sentido: a marca da Vulcabras/Azaleia/Grendene é  líder do segmento segundo a consultoria Kantar, mas parece jogar na divisão inferior quando se pensa em algo mais difuso: o imaginário coletivo do corredor.

Claro que não basta a marcas tradicionais como Nike, Adidas, Puma, Fila, Asics e Mizuno ficar só no “flow” de seus pesados movimentos mundiais. Embora não façam muito esforço no Brasil, algum esforço fazem.

Para ser sucinto, a Mizuno organiza a prova Uphill, um 42K-fetiche em Santa Catarina, e a Adidas, que já teve as incríveis runbase do Rio e São Paulo, promete trazer de volta sua 10K + 5K + 1K ainda este ano.

A Olympikus criou em 2019 o “Bota pra Correr”, um circuito de corridas por lugares improváveis do Brasil: Jalapão (Tocantins), Pantanal (na região de Corumbá) e Alter do Chão (Pará). A ideia não é criar gigantescas dificuldades logísticas para o corredor, mas associar a marca com aventura – e talvez com a aventura mais fotogênica que existe no país.

Saca o clima.

 

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Uma das provas, a do Jalapão, aconteceu mês passado, e para divulgar para jornalistas e influenciadores as duas que ainda restam, a do Pantanal, no fim de setembro, e a de Alter do Chão, em novembro, a marca brazuca promoveu um megaevento sábado passado do qual este pasquim participou.

A Olympikus levou cerca de cem coleguinhas para um 7K dentro da fazenda Guaxinduva, em Cabreúva, na Serra do Japi, a 70K de São Paulo. A propriedade, de 1500 hectares (ou 1500 campos de futebol) tem cerca de 75% de sua área preservada, muita Mata Atlântica (secundária) e diversas cachoeiras. Enfim, a marca não poderia ter sido mais feliz na escolha da locação.

A fazenda é aberta e pode ser visitada por qualquer pessoa mediante um day use de 35 pratas. Falarei mais disso oportunamente. Recomendo.

É preciso dizer que a marca presenteou os jornalistas com dois calções, camiseta, um corta-vento, o tênis Challenger e ainda um copo dobrável ecológico, tudo isso acomodado numa mochila – também no pacote – própria, que ficava disponível num vestiário da fazenda com o nome do felizardo.

Negócio finíssimo, que deve ter valido uma bela minutagem nos “recebidos” dos Stories de Instagram da tigrada.

Botando jornalistas pra correr na aprazível Serra do Japi

No fim do ano passado, escrevi para a revista PODER o perfil de Pedro Bartelle, CEO e um dos controladores da Vulcabras, que tem na Olympikus seu principal negócio.

Dá para você lê-lo na íntegra neste link, mas adianto aqui como Pedro explica a liderança da marca no Brasil: preço, reposição rápida de estoques e entendimento do consumidor.

Na época ainda não havia o circuito Bota pra Correr, mas sim o acordo com a Under Armour, que até 2028 será representada no Brasil pela Vulcabras.

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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