O desafio da Adidas

Paulo Vieira

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Uma das provas mais esperadas do ano pelos corredores amadores (eu, você, sua tia) é a Adidas Boost, que ocorre em São Paulo e no Rio. É uma corrida que os exegetas chamam de corrida de performance.

Em outras palavras, talvez não seja para a sua tia.

PERFORMANCE = VAIDADE

EXEGETA DA NOVA ERA

A BASE DA ADIDAS

O TESTE DO TESTE DA PISADA

OS ORIGINAIS DO RAP USAM ADIDAS

O formato é inovador. Primeiro vem um 10K, depois um 5K e quem passar no funil – um grande quadro exibe os resultados dos corredores quase em tempo real – ainda tem direito a participar de um 1K insano.

Em São Paulo, o tempo amanheceu incrivelmente propício naquele domingo de setembro: fazia cerca de 17 graus. “Deu bom” para muitos dos 3 200 inscritos – em 2014 foram 2400 –, que puderam assim bater seus recordes pessoais.

Mas no Rio, neste domingo, a parada é outra. Fazer 15K em, digamos, 1:05, como fez esta pessoa, não vai ser bolinho sob 25, 27 graus.

Logo após a Boost de São Paulo falei com o Eduardo Rodrigues, gerente de comunicação de running da Adidas, sobre o evento.

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Vizu
Vizu

JORNALISTAS QUE CORREM – De zero a 10, que nota resume a satisfação da Adidas com o Desafio Boost?

EDUARDO RODRIGUES – O aumento do número de inscritos mostra o sucesso da prova. Como nós mudamos o local, do Jóquei para a USP, havia um ponto de preocupação aí. Mas a arena foi elogiada. Também estávamos preocupados com o percurso, queríamos diminuir alguns cotovelos do Jóquei. E os tempos finais surpreenderam, com os 100 melhores competidores com tempos abaixo de 1 hora. Houve problemas na distribuição de camisetas para as mulheres e um atraso na divulgação do resultado final. Problemas que vamos resolver para a prova do Rio.

JQC – Em São Paulo houve um aumento de 48% do número de mulheres participantes em relação ao Boost de 2014. Esperavam esse incremento?

ER – Esperava um aumento, mas não dessa magnitude. Hoje já existe uma divisão do mercado de corrida de rua. As mulheres são hoje o principal foco da comunicação das marcas, não só porque já dividem mercado como também influenciam a compra masculina.

JQC – Uma prova de performance, que exige muito esforço físico, pode gerar ocorrências. Qual a preocupação da marca em relação a isso?

ER – Acho que todas as provas de corrida de rua, sejam de performance ou não, trazem algum risco à saúde. Também não praticar esporte traz riscos à saúde. Não sei te precisar, precisaria consultar especialistas médicos para saber se correm mais riscos aqueles que se preparam para uma prova de performance ou para uma prova comum. O que fazemos como marca e organizador é prover todo o amparo necessário para quem precisar.

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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