Semana do Maratonista: Marcio Atalla, Mario Sergio Silva e Marcos Paulo Reis no JQC

Paulo Vieira

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FIM DE SEMANA CHEGANDO, longão à vista ou quem sabe uma provinha para desestressar.

No sábado à noite dois grandes players da corrida de rua armam suas festas endorfínicas. Em Essepê a Iguana monta a Run the Night; a Cooper/Norte faz no Rio a Night Run.

PROTAGONISTA DA PRÓPRIA HISTÓRIA

A NOITE MUITO ESCURA DA NIGHT RUN

Eu vou estar em outra, e, por isso, dando seguimento às celebrações massivas da Semana do Maratonista, é a vez de três grandes nomes da atividade física passarem por aqui.

Você já viu

DANILO BALU, DARLAN DUARTE e IBERÊ DIAS e

CLÁUDIO CASTILO e CAMILA HIRSCH

Agora fiquem com

MARCIO ATALLA, educador físico formado pela USP, pós-graduado em nutrição, colunista matutino da rádio CBN, homem que ganhou notoriedade com um quadro na TV em que ajudava artistas a diminuírem suas formas pantagruélicas.

O JQC esteve num evento na Adidas Run Base onde Atalla falou, entre outras coisas:

Quem faz atividade física “não programada” tende a colher melhor benefício do exercício. Por atividade física não programada entenda-se subir escadas na estação de metrô, parar o carro mais longe do destino, não usar o carro se possível etc. Em suma, colocar alguma atividade física na rotina normal e cotidiana de deslocamento.

Por oposição, quem não se exercita e passa a frequentar academia tende a sair mais depressa da atividade física. “A academia é um ambiente agressivo, hostil, um lugar onde quem está acima do peso ou fora de forma não se sente à vontade.

Como a mera manutenção da massa muscular exige uma queima calórica importante, manter os músculos, que tendem a diminuir a partir dos 30 anos, é uma ótima maneira de controlar o peso.

MARIO SERGIO SILVA, ex-nadador profissional, ex-técnico de natação do clube Pinheiros, tem uma das mais profícuas e longevas assessorias esportivas do país, a Run & Fun.

Há exatamente um ano concedeu uma longa entrevista ao JQC na nova sede da Run & Fun, no Brooklyn, em São Paulo.

Marião é autor do livro Corra (Academia/Planeta), um guia da corrida à maneira do decano, seminal e datado Guia Completo da Corrida, do americano James Fixx, que passou desta para melhor… numa corrida.

O ser humano não foi feito para correr tão longas distâncias em tão longo tempo. Na maratona são 40 mil passadas, 40 mil batidas na coluna, não é legal para o corpo. Mas, claro, há o ganho emocional, isso tem de ser pensado. Não me entra na cabeça, contudo, o cara disputar a prova dez a 15 quilos acima de peso.

O  corpo é muito inteligente e se acomoda muito rápido. Por isso que é importante fazer treinos de qualidade, com variação de ritmo, elevar a frequência cardíaca e depois elevar de novo. Isso vai propiciar uma maior queima de calorias e ajudar no emagrecimento. Nem todos precisam indiscutivelmente fazer treinos de intensidade (dar tiros). Mas o cara que quer fazer índice para correr a maratona de Boston vai precisar.

MARCOS PAULO REIS, educador físico pela UERJ, ex-treinador da delegação olímpica brasileira de triatlo, é sócio da MPR, outra assessoria pioneira de São Paulo, aquela que tem os corredores amadores mais “faca nos dentes” da cidade, que treinam duro para baixar minutos em Berlim, Boston, Londres, Nova York…

Numa entrevista ao colega Fábio Dutra, da revista Poder, onde o editor deste pasquim também dá seus tirinhos, disse o que segue.

Maratona não são 42 quilômetros, são 7. Até o 35 é tudo lindo. Depois é que a coisa aperta. Se tem tonteira, náusea, vômito, não é para continuar, é muito arriscado. Papai do céu dá o aviso, tem de saber escutar.

Maratona envolve o dia a dia deles [executivos]. Nos Estados Unidos, qualquer executivo começa a conversa perguntando se você já fez uma maratona, porque vai usar o exemplo das várias etapas da prova para explicar algo. E são todos competitivos, gostam de se superar, de estabelecer metas e alcançá-las, exatamente como fazem em suas empresas.

E sobre sexo antes da maratona, numa enquete muito heterodoxa feito por este pasquim lá nos primórdios, enquete da qual também participou Mario Sergio Silva, mandou esta:

Apesar da diminuição da ansiedade e do estresse antes da prova ser algo buscado por alguns atletas e treinadores, o relaxamento muscular pode atrapalhar na ativação dos fusos musculares e, consequentemente, na performance (da maratona, bem entendido).

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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