Tiago Maranhão trocou a passada na meia maratona do Rio

Paulo Vieira

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A MEIA MARATONA DO RIO foi gloriosa para Tiago Maranhão, âncora do Troca de Passes, programa do canal SporTV que comenta os jogos da rodada, os que aconteceram e os que irão acontecer, quaisquer sejam eles, qualquer seja ela.

Quer dizer, mais ou menos. A competitiva série D, por exemplo, a minor league em que a Lusa vem estraçalhando seus adversários, não vem merecendo a devida atenção do jornalista e de seu parceiro na apresentação do programa, o ex-jogador de futiba Roger Flores.

Tiago, que apesar dos 39 anos já tem longa carreira no jornalismo televisivo (ESPN e Globo, mormente), encantou-se pela corrida e, mais do que isso, pelas provas de corrida, ao participar da meia mara do Rio domingo passado e, antes, em fevereiro, de um 10K no Aterro.

Faltava pouco
E esse Pão de Açúcar que nunca sai do lugar?

Uma ponte aérea repartida há algumas semanas com o companheiro de SporTV Sérgio Xavier, a.k.a. Treinador, fez com que passasse a encarar a coisa de maneira mais, digamos, formal.

A partir daquela conversa, SX prescreveu-lhe algumas de suas disputadas planilhas de treinamento, e a coisa engrenou.

Tiago já vinha correndo por conta própria para manter a forma. Ao se mudar de Essepê para um flat de frente para o mar na Barra da Tijuca este ano, o jornalista passou a correr por osmose.

O fato de ter perdido a turma da pelada paulistana também contou.

Na meia mara do Rio, uma troca de passadas
Na meia mara do Rio, uma troca de passadas

Para a meia, SX indicou-lhe que fizesse longos de 14K e 16K, distâncias que eram estranhas ao âncora. Introduziu-lhe também o gel de carboidrato. Pupilo dedicado, Tiago seguiu à risca as orientações do tutor.

Na prova de domingo, atingiu sua meta. Não apenas terminou a meia como correu num pace bastante bom para o serviço público, de 5:45 (segunda a cronometragem oficial; no Tom Tom do Tiago deu 5:36).

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Agora ele se diz “muito picado” pelas provas de corrida. “Já combinei e vou ser treinado pelo Lauter Nogueira [treinador e comentarista de atletismo] e pretendo fazer a Golden Run em 30 de julho”, disse em entrevista a este pasquim por telefone.

No próximo ano, deve atacar de maratona, possivelmente esta mesma do Rio.

Welcome to the jungle, brother.

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A pedido do JQC, Tiago falou como é conviver com um ex-jogador de futebol tornado comentarista e, agora, âncora. Recentes discussões entre jornalistas e ex-jogadores no canal Fox Sports colocaram o tema em evidência.

Relembremos.

Em 2013, o ex-jogador Mario Sergio Paiva, que morreria no acidente da Chapecoense, disse que o jornalista Rodrigo Bueno não tinha “capacidade” para afirmar que os técnicos brasileiros de futebol eram piores que os estrangeiros.

E este ano, por conta de um depoimento de um diretor do São Paulo que foi entendido de maneiras opostas pelos jornalistas da Fox e pelo ex-atacante Edmundo, o um dia “Animal” falou: “Só estou dizendo que jornalistas têm razão. Estou aqui de entrujão.”

Mas com Tiago e Roger a coisa vai de boas, como diria o Gesu Bambino. “Roger é extremamente companheiro. Quando cheguei ao Rio, ele me apresentou a família, os companheiros do vôlei de praia, os restaurantes bacanas. Houve momentos em que discordamos um do outro, o que é normal, e ao longo dos programas fomos acertando a dinâmica [de dois âncoras] do ‘Troca’.”

“Não é de hoje que Roger quer estender suas funções, não ficar apenas como comentarista. Na Rio 2016 ele já fez um ensaio como uma espécie de âncora no programa Madruga. E chegou a entrar para uma faculdade de jornalismo, tem vontade de ter a visão do jornalista também.”

Por fim, perguntei ao Tiago se ver muito futebol não tem contra-indicações. “Considero-me jornalista, não só jornalista esportivo. Acho que 80% do que leio sobre futebol eu leria se estivesse em outra área. Pela manhã, por exemplo leio o Meio e o Nexo.”

N.d. E: para os que não são jornalistas, Meio é  um ótimo newsletter e agregador de notícias com ênfase no noticiário político, econômico e de cidades; não há quase nada de esporte ali.

O Nexo vai mais longe e produz conteúdo para ajudar na interpretação do noticiário, além de criar infográficos e outros materiais de análise. Recomendamos.

ABRINDO TUDO/DISCLOSURE Paulo Vieira, editor deste pasquim, teve a passagem para o Rio e duas noites de hotel em Copacabana bancadas pela Tom Tom, uma das patrocinadoras da Mara do Rio; e a inscrição para os 42K bancada pela organização do evento.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

Um Comentários

  1. Avatar
    Tiago Maranhão

    obrigado pela generosidade, Paulo!
    vida longa ao JQC!
    um abraço,
    Tiago.

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