A nova Golden Run chega a Sampa; veja como foi

Paulo Vieira

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UM DOMINGO SOLAR E BEM MENOS frio do que aquele com que as Majus nos ameaçavam nos noticiários de sábado recebeu os corredores da meia maratona Asics Golden Run, ontem, em São Paulo.

Tradicional prova do calendário elitista do Centro Expandido da cidade, a Golden este ano mudou de organizador, da Iguana para a Norte Marketing Esportivo.

A Asics é a única marca de tênis a manter um evento proprietário de corrida de rua. Com o formato de 21K da série Golden Run (ex-Quatro Dourado) ela volta a procurar associação com a ideia de performance.

Em São Paulo, o percurso foi muito parecido com o  da maratona de SP (da yescom), com largada no Obelisco e chegada no Joquéi, sem prejuízo das chicanas do Alto de Pinheiros.

AS MARCAS CORREM DAS PROVAS DE CORRIDA

PERFORMANCE E VAIDADE

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O circuito cresceu este ano. De quatro etapas (SP, Rio, Brasília e uma quarta praça mutante) pulou para oito, com a entrada de Salvador, BH e as hermanas Buenos Aires, Lima e Santiago.

Em São Paulo, a temperatura foi a melhor possível, na casa dos 17 graus e sem vento nenhum a segurar os corredores. Uma guinada de 180 graus em relação a Hawke’s Bay, na Nova Zelândia, onde disputei minha última maratona, em 13 de maio.

Voltando a performar mesmo com os birináites de véspera. Delícia de 21K esse da #asics #goldenrun #goldenrunasics #jqc #jornalistasquecorrem #sub1:40

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A corrida teve boa hidratação e ofereceu grande quantidade de gel de carboidrato em sacos – mais do que deveria, na minha opinião.

E pecou por não divulgar os tempos de corrida (ainda não disponíveis).

(ATUALIZAÇÃO: os tempos foram informados na terça, 48 horas após o evento, como previa o regulamento. Estão neste link.)

Embora eu estivesse no pelotão A não havia entrada específica para ele. Provavelmente eu teria de me dirigir a um pelotão inferior ou forçar pela área dos atletas de elite para entrar.

Curioso notar que havia um mar de corredores à minha frente, embora eu estivesse próximo do pórtico de largada.

O chip, que espero ter funcionado (ainda não dá para dizer/ATUALIZAÇÃO: funcionou), tinha de ser colocado no tênis, mas pelo menos já não precisa ser amarrado, o que é inegável avanço: basta grudar uma ponta à outra, sem precisar desamarrar o tênis (e correr o risco de inutilizá-lo caso o cadarço esteja desfiado).

Muito ruim o local da “feira” onde os kits eram entregues, limbo inóspito dos fundos do Shopping Center Norte. Razões financeiras devem ter contado na troca do WTC por aquele quinto dos infernos a que é bastante difícil chegar de transporte coletivo.

Na comunicação em suas redes sociais a Asics está em performance de tartaruga (e não aquela jamais ultrapassada por Aquiles). A última postagem no Facebook foi antes de a prova começar.

Os poucos comentários se dividem entre elogios e reclamações (ao organizador). No Instagram há mais comentários positivos. O Twitter foi ignorado pela fabricante japonesa.

Por fim, quanto a mim, tenho algo a celebrar. Mesmo com um Nike Free no pé esquerdo e um Olympikus Rio no direito, nada senti. Fiz a prova em 1:38 ou quase isso, pois me baseio nos horários marcados nos pórticos de largada e chegada.

E com os birináites que havia mandado para o Figueiredo na véspera (festa da primogênita na minha própria goma, quem nunca?), esperava qualquer coisa menos manter o pace do começo a o fim, especialmente a 4’40” por quilômetro.

(ATUALIZAÇÃO: meu tempo líquido, a quem não interessar possa, foi 1:37:50, pace de 4:39 min/km)

Waal.

Que isso não me estimule a fazer coisas heterodoxas no Rio, daqui a duas semanas, na “full”.

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Enquanto isso, a 40K do Jóquei, no extremo leste da cidade, no parque Vila do Rodeio, rara área verde de Cidade Tiradentes, aconteceu a segunda etapa do circuito popular de Sampa. As trilhas e subidas do parque faziam da prova uma espécie de trail run. Concluíram-na 644 homens e 581 mulheres, além de 71 caminhantes.

Como só santo Antônio, além dEle, pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, fiz forfait na Zolé. Mas se o astral tiver sido parecido com o da Cachoeirinha, na estreia do circuito, em maio, a lança foi à pampa.

Abrindo tudo (na falta de uma tradução melhor para disclosure): O editor deste pasquim, Paulo Vieira, teve sua inscrição à Golden Run bancada pela Asics

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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