É a cabeça, estúpido

Paulo Vieira

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São alguns os braços da organização JQC Inc. and Sons. Além dos posts que você vê aqui, organizamos alguns treinos de corrida em capitais e cidades pelo Brasil. Houve o do Rio, o de Maceió, a corridinha do Dique do Tororó de Salvador (onde, cereja do bolo, a volta de encerramento foi em torno do mítico relvado do Itaipava Arena Fonte Nova), o treino rural de  Boituva (SP). Outras cidades irão entrar no radar em 2015.

Também mantemos um convênio com a assessoria Pacefit, de São Paulo, onde jornalistas que querem treinar com afinco pagam uma mensalidade camarada; por fim, se é que não esqueço algo, publicamos e enviamos para um mailing escolhido um boletim quinzenal com uma seleta de notícias alusivas à corrida.

Como esta, que acho que pode te interessar:

O famoso acadêmico sul-africano (nascido no Zimbabwe) Tim Noakes assinaria embaixo. O trio de pesquisadores Alister McCormick, Carla Meijen e Samuele Marcora debruçou-se sobre centenas de estudos de diversas matizes para tentar saber como a mente ajuda (ou sabota) o atleta em treinos e provas de endurance.

Diversas práticas de “mentalização” foram consideradas, da hipnose ao “self talk” – o clássico falar sozinho.
shiva

Os pesquisadores concluíram que são mais úteis para o esportista as práticas de projeção mental de imagem (“imagery”) durante a prova; o falar sozinho e, finalmente, o estabelecimento de metas (“goal setting”). A associação de técnicas distintas durante a mesma prova não foi estudada.

Embora o trio afirme que ouvir música pode ajudar a atenuar a sensação de esforço, a prática não foi considerada nas hipóteses do estudo.

O JQC tem particular interesse nessas paradas mentais. Já falamos aqui da técnica Madadayo – recitar mentalmente as estações de trem ou metrô de uma determinada linha de sua cidade; propusemos cinco playlists de música boa; na semana passada, transcrevemos (o que foi aquilo!?) uma tentativa de meditação hard aplicada a um treino de 8K, seguindo o modelo Abramovic.

E você, o que faz para não deixar a mente abortar aqueles cinco ou dez quilômetros que faltam para você virar maratonista ou ultramaratonista?

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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