Treino no interior

Paulo Vieira

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Na sexta passada, a convite de nosso principal patrocinador, o Grupo Petrópolis, o JQC juntou alguns bons amigos jornalistas e foi correr num bairro rural de Boituva, a 130 quilômetros de São Paulo, onde fica a principal fábrica de cerveja da empresa. A “locação”, no Bairro dos Rosas, havia sido escolhida por mim cerca de duas semanas antes. Como em boa parte da região impera a monocultura de açúcar, estava um pouco receoso de não achar um local atraente o suficiente para colocarmos nossas panturrilhas em ação.

Mas, como aprendemos rápido, local é o de menos. Não havendo carros – não cruzamos nenhum – já se está no lucro. Se houver sombra, excelente. Havia sombra, mas aqueles 9K estavam mais para descampado do que para bosque. O bacana é que deu para misturar terra, asfalto, uma igrejinha pitoresca, uma pequena área de reflorestamento e uma estrutura jamais vista em meus treinos, com carro de apoio, água e isotônico. A experiência foi um piloto para mais treinos rurais em outros pontos do Brasil.

O melhor momento foi digno de Discovery Channel, quando uma lebre vinha correndo de encontro a mim e do Gesu Bambino, companheiros da última Maratona de São Paulo, que íamos no mesmo pace, quando se deparou com um cão que nos acompanhava. Deu meia volta e entrou no canavial, seguido pelo cachorro, numa cena que evocou também a sequência em slow motion de “Snatch”, o filme do Guy Richie.

JQC também é cultura pop.

As fotos abaixo são de Leo Feltran.

Jornalistas que Correm - Boituva - SP - 11/10/2013 - foto Leo Feltran

Jornalistas que Correm - Boituva - SP - 11/10/2013 - foto Leo Feltran

treino dos jornalistas que correm em Boituva - outubro de 2013
Os atletas, a cana de açúcar, o cachorro e a igrejinha no bairro rural de Boituva

Jornalistas que Correm - Boituva - SP - 11/10/2013 - foto Leo Feltran

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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