É o que diz a música do Gilberto Gil. Não sei direito o que ele quer dizer com “agora que é quase quando” e ganha um pirulito de cereais quem me explicar o que é “viver em Guadalajara dentro de um figo maduro”, mas a música aparece na minha cabeça quando sinto que o melhor lugar do mundo é aqui e agora.
MÉXICO LINDO
Pode parecer pouco poético, mas o fim de um exercício aeróbio como a corrida, especialmente a de longa duração e média intensidade, cabe no verso.
E quando ela tem como cenário o campus da USP num sábado à tarde indescritivelmente vazio, e você já vai com uns 15K no lombo, as árvores refrescando o entardecer de 25 graus e a subida da Biologia a ser vencida, não há dúvida: você irá curtir o runner’s high.
UMA CORRIDA ZENMEMORÁVEL NA USP
A tese de que a endorfina, o hormônio ligado à euforia e ao bem-estar, é secretada a partir de um determinado volume de exercício já estava bem estabelecida até 2008, mas a possibilidade de que ela ativasse regiões do cérebro ligadas à emoção só foram ganhar comprovação científica nesse ano, a partir de estudos conduzidos por Henning Boecker, da Universidade de Bonn, na Alemanha.
RUNNER’S HIGH
Só tem um somenos: as dez cobaias humanas do estudo correram por duas horas seguidas.
Recentemente, cientistas da universidade de Heidelberg consideraram a hipótese de que endocabinoides fossem os responsáveis pelo barato da corrida. Os alemães aparentemente têm fixação pelo “let’s get high”.
O BARATO DA CORRIDA, SIMILAR AO DA ERVA
LET’S GET HIGH
Seja como for, para você curtir o barato da corrida talvez tenha de se superar.
A SUPERAÇÃO
Faltou pouco para mim: eu só corri por 1h50 no sábado.
PROTAGONISTA DA PRÓPRIA HISTÓRIA
Agradeço o sr. Fabio Barbosa, autor do bordão do link acima, por me conceder uma agenda livre e o tempo necessário para tirar um barato com a corrida. E muito mais ao sr. Passos Moreira, pelo conjunto da obra. Um pequeno excerto dela abaixo: