Darlan Duarte e o prazer da corrida

Paulo Vieira

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DARLAN DUARTE, da assessoria esportiva Pacefit, é um treinador de corrida paulistano que talvez fizesse muito sucesso no departamento de marketing de uma grande empresa.

O homem é uma usina para bolar e proporcionar novos desafios para seus alunos, que sempre são  brindados com novos “features” em seus treinos – treino é algo, aliás, por definição, repetitivo.

Darlan já introduziu a filmagem da passada, para análise do movimento do aluno, a liberação miofascial – técnica de massagem para aliviar dores musculares e distensionar nódulos – e criou o “NAPP”, acrônimo sensacional de Núcleo de Avaliação de Performance Pacefit, programa que tem o fito de despertar no aluno uma vontade maluca de progredir na corrida.

ESCOLINHA DO PROFESSOR DARLAN

Não bastasse tudo isso, gerencia treinadores, é ele mesmo treinador em diversos horários e ainda alimenta um blog caprichado.

Este pasquim já entabulou com Darlan e sua Pacefit convênios que permitiam a jornalistas amigos treinar na assessoria por preços mais simpáticos, mas jornalistas amigos não são exatamente alunos fiéis – não gostam de rotina nem de pingar todo mês o cenzinho ou o duzentinho regulamentares.

O vídeo abaixo é o campeão de popularidade do canal JQC no YouTube, muito provavelmente por conta do networking do Darlan.

(Na verdade é em razão do meu penteado.)

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Mas vamos ao que interessa. Recebi outro dia a newsletter que o Darlan ainda generosamente me manda, e fiquei a matutar sobre aquele conteúdo: “10 dicas para criar o hábito de correr e não parar mais.”

Tudo me parece consistente, embora discorde quixotescamente de itens como “faça a inscrição em uma prova” pelas razões apontadas no vetusto post abaixo.

PARE DE DISPUTAR PROVAS DE CORRIDA

O que divirjo frontalmente é do, digamos, ranking do decálogo, já que a última dica apontada pelo Darlan, “divirta-se com o hábito de correr!”, assim mesmo com exclamação, é para mim a mais significativa das dez.

O prazer que a corrida transfere a seu adepto deveria vir logo em primeiro, não em décimo.

Reconheço que o prazer não vem logo de cara, e despertá-lo no corredor deve ser um dos grandes desafios dos treinadores de corrida.

Mas uma vez conquistado, aí parar de correr é que são elas.

CORRIDA É PRAZER

O PRIMADO DO PRAZER

MARATONA, O FETICHE

Este pasquim já enumerou diversos expedientes para o caboclo obter prazer na corrida ao longo dos cinco (!) anos e fumaça em que roçamos o éter.

Declino aqui apenas um.

A CORRIDA COMO SEU ÔNIBUS PARTICULAR DE TURISMO

 

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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