VOCÊ PEDIU, SOLICITOU, RALHOU, RILHOU DENTES. E nós, bovinos, caninos e mansos qual um personagem de uma música do Falcão, te atendemos.
Saiu mais uma edição dos aforismos incompletos da corrida. Junte estas 13 pérolas do saber endorfínico com as muitas outras que já saíram a lume para formar O Seu Guia Espiritual da Corrida, por Jornalistas que Correm.
Guenta.
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CONSIDERAR A ATIVIDADE FÍSICA um sacrifício é condenar-se a nunca encontrar nela o que há de melhor.
Se é difícil acordar para correr ou malhar, algum problema em fazê-lo à tardinha? Ou à noite?
Um boi para não começar a correr. Uma boiada para não parar.
Um paradoxo: parado, dá trabalho pensar como vai ser a atividade física. Ativo, dá trabalho pensar em qualquer coisa.
Olha que legal: se meditar é não pensar em nada, corrida é meditação.
Câmera, dinheiro, música, às vezes até tênis. Você não precisa disso para ser feliz no cascalho.
Quis saber dos ultramaratonistas mais casca-grossas qual o segredo de sempre aguentar mais 10K, mais 20K, mais 30K. Me disseram: “Não pergunte por quem os sinos dobram.”
Fui aos especialistas, aos exegetas, ao oráculo para saber onde ficava o meridiano a separar saúde de obsessão. Me disseram: “Não pergunte por quem os sinos dobram.”
Fetichista. Não é preciso disputar uma maratona no Hemisfério Norte para ser. Mas ajuda um bocado.
Não tem parque, a poluição tá um horror, isso aqui tá que é só inversão térmica. Cole mais uma desculpa nesta linha – e deixe a escada rolante do metrô para os sedentários.
Para dormir no chão duro, procure o ponto, ensinou Don Juan. E você, que nunca leu A Erva do Diabo, já descobriu onde esse tal ponto fica.
Carlito Maia reviveu em Mario Sergio Silva: run definitivamente é fun.
Onde queres guerreiro, és só fetiche.