OS DADOS NÃO SÃO DE AGORA, já têm cerca de oito meses, tempo suficiente para terem sido esquecidos, caso publicados.
Quem os compilou bate um bolão – um pedivelão, dir-se-ia, – nas estratégias para alastrar o uso da bicicleta nas grandes cidades e, com isso, melhorar a vida de toda a população. São os parças do instituto Ciclocidade.
Não custa lembrar: bike não produz monóxido de carbono, material particulado, ozônio, partículas finas insidiosas etc. Pelo contrário: tira das ruas carros e outros veículos produtores desses resíduos tóxicos.
Os tais dados prometidos no primeiro parágrafo são da pesquisa do perfil de quem usa bicicleta em São Paulo. Surgiram interessantes constatações a partir das entrevistas feitas com 1800 ciclistas paulistanos.
Uma delas: ao contrário de certo senso comum, o principal usuário da bike em Sampa é nego de pouca grana. Praticamente metade do universo da pesquisa ganha de 1 a 3 salários mínimos; os que ganham de 5 a 10 salários mínimos são 11%; acima de 10 salários mínimos, apenas 7%.
A bike é usada principalmente para os deslocamentos para o trabalho ou para a escola/faculdade. A maior parte dos entrevistados disse usá-la cinco dias por semana.
Mas o dado que me parece mais relevante é o fluxo de entrada de novos adeptos nesse meio de transporte. Do universo de pesquisa, 37% declararam pedalar em São Paulo há não mais que um ano (veja gráfico abaixo).
A ilação não é do Ciclocidade, mas minha: isso demonstra claramente o acerto de se aumentar as condições objetivas (apud F. Peixoto), ou seja, de se expandir barbaramente a malha cicloviária.
Fonte: Ciclocidade.org.br
VERMELHO OU LARANJA: TESTAMOS O SISTEMA DE COMPARTALHIMENTO DE BICICLETAS EM SP
AUMENTA O PACE QUE ISSO AÍ É BICICLETA
A SP DE HADDAD
BIKE X CAMINHADA X ÔNIBUS X CARRO
A bicicleta assumiu sua condição de meio de transporte estratégico em todo o mundo, e o prefeito eleito de São Paulo, apesar das bravatas de campanha, vem dando sinais de que não vai virar as costas para o tema.
Como feliz usuário de uma mountain bike leve e muito cumpridora – e que me custou uma ninharia pelo que devolve – este ex-motociclista espera ainda ver mais faixas vermelhas pela cidade.
Podem inclusive ser de outra cor.