Um repórter investigativo na maratona do Rio

Paulo Vieira

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O JORNALISTA RODRIGO HIDALGO, repórter investigativo do Jornal da Band, deve ser, depois do Jotabê Medeiros, a pessoa que melhor conhece o interior do Paraná. É que ele, por dever de ofício, percorreu recentemente diversas cidades pequenas do estado.

Elas foram cenário de alguns assaltos em série, principalmente a agências bancárias, sempre por bandos fortemente armados. Em duas delas, Tamarana e Ortigueira, os bandidos usaram retroescavadeiras para derrubar paredes. Em Ortigueira, boa parte do bando era formado por locais, cidadãos outrora insuspeitos.

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A série, chamada Novo Cangaço, vai embebida abaixo. Hidalgo, que está há onze anos no Jornal da Band – antes passou 13 na rádio Jovem Pan – tem prêmio Esso no currículo por outra reportagem produzida para a Band, em 2014, sobre o incêndio de Vila Socó, em Cubatão, 1984, uma das mais terríveis tragédias brasileiras, que deixou centenas de mortos.

Oficialmente, foram 93; possivelmente, cinco dezenas.

Apresentado o ilustre personagem, eis, três parágrafos abaixo de onde deveria estar, o lead: Hidalgo corre sua primeira maratona domingo, a do Rio.

Apesar de correr desde 1997, ele passou a ter objetivos mais, digamos, objetivos há três anos, quando aderiu à assessoria Run & Fun. Desde então se prepara a golpes de planilha e treinos em equipe. Seu cascalho preferencial é o parque Villa Lobos, e faz também o tradicional longão de sábado na USP.

Chegou a treinar 30K, mas uma contratura no posterior da coxa há poucas semanas o assustou. Por conta dela, imagina reduzir seu pace normal de 5:30/5:40 para algo em torno de 6:10 nos 42K da Mara do Rio.

Com a Run & Fun ficou mais difícil continuar gostando de esteira, mas diz seguir tendo muito prazer na corrida.

Não se diz um caxias da planilha e gosta de correr em cascalho virgem quando viaja pelo Brasil.

Seus treinos, praticados sempre muito cedo, por volta das 6h, para dar conta de levar os dois filhos para escola e outros cursos, são um tempo de total relaxamento. “Antes eu ficava pensando nas coisas, agora fico mais focado na corrida.”

De um ano para cá, Hidalgo perdeu sete quilos, e os 71kg atuais ornam melhor com sua estatura baixa, de apenas 1,68m. O ganho de condicionamento lhe permite ter muito mais pique para fazer matérias que eventualmente o exijam fisicamente; o ganho estético possibilita que não apareça no vídeo como que brigando com a notícia que cava e exibe.

“O repórter tem de passar a notícia sem chamar atenção.”

Este ano, ainda pretende fazer a Mizuno Uphill, a subida inclemente da Serra do Rio Rastro, mas só na modalidade 25K. Devo vê-lo, portanto, em alguns treinos vadios no Pico do Jaraguá.

O vídeo abaixo, concebido e produzido pelos Estúdios JQC, serve como aperitivo do que vem por aí.

Aqui, a série de reportagens Novo Cangaço, que Hidalgo protagonizou, da Band.

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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