Uma prova de ida e volta pela Marginal Pinheiros com a Ponte Estaiada como cenário para o selfie.
Programão de sábado à noite, especialmente para a marca proprietária, a Gillette Body, que estreia no circuito de corrida de rua em São Paulo amanhã. São as distâncias tradicionais: 5K e 10K.
Mais do que ofertar a possibilidade de novos recordes de performance para o corredor, a prova visa aproximar os novos produtos da velhíssima marca da gigante americana Procter & Gamble do consumidor final.
Como o produto Gillette Body, lâmina de barbear descartável dedicada ao homem que gosta de se manter glabro – talvez por ser metrossexual, talvez por ter aspirações a baixar em um centésimo de segundo sua marca nos 50 metros no nado borboleta.
A CORRIDA COMO AÇÃO DE MARKETING DA DISNEY
A CORRIDA COMO AÇÃO DE MARKETING DA SEPHORA
PERFORMANCE E VAIDADE
AS MARCAS SE MEXEM
NOVAS PROPOSTAS PARA VELHAS MARCAS
A marca vê uma associação entre suposta “tendência da remoção dos pelos do corpo masculino” com a corrida de rua, a acreditar na veracidade do release distribuído pelos comunicadores da marca.
Falamos por e-mail com Juliana Moretti, gerente de marketing da Gillette, para saber disso e mais.
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Jornalistas que Correm – Pode explicar melhor o que significa essa associação [entre a remoção dos pelos e a corrida de rua] e como chegaram a essa conclusão?
Juliana Moretti – Com o objetivo de lançar o Gillette Body, primeiro aparelho do mercado criado especialmente para a superfície do corpo masculino, a marca realizou pesquisa global. Hoje, 8 em cada 10 homens têm o hábito de remover os pelos, e entre as conclusões mensuradas estava a que a maioria dos homens que removem os pelos do corpo possui um estilo de vida saudável e ativo, características dos homens que têm a corrida como uma de suas modalidades preferidas.
JQC – Por que a corrida e não, por exemplo, a musculação, modalidade em que o culto ao corpo é parte integrante do esporte? Frequentadores de academia não acrescentam à imagem da marca?
Moretti – Gillette tem um legado de mais de 100 anos de associação com o esporte e acredita que todos os tipos de atividades físicas são parte importante da rotina de um estilo de vida saudável e ativo, portanto também são valorizadas por parte da marca .
JQC – Como o produto será mostrado durante a corrida?
Moretti – O produto está no nome do evento, portanto terá grande exposição de marca antes e durante o evento. Os corredores ganharão o produto para o corpo no kit da corrida, e ao longo de todo o percurso e evento a marca estará presente por meio de materiais visuais. No dia, a marca ainda terá tenda que, além de expor o produto, oferecerá aos praticantes de corrida massagem e outras ativações.
JQC – O usuário do produto é solteiro, sai à noite, tem bom gasto médio? A escolha de um cartão postal moderno da cidade [a Ponte Estaiada] e o horário noturno foram pensados com base nesse perfil?
Moretti – Além do incentivo ao esporte, Gillette também acredita na música como um território importante para suas campanhas de comunicação. A marca possui inclusive um canal próprio no Spotify com diferentes playlists para serem escutadas durante o treino, provas ou quando quiser. A escolha do horário noturno, assim como já foi feita na primeira edição, se dá justamente pela vontade de criar um clima descontraído e atrativo para os amantes da corrida.
JQC – Qual o share do produto e como vem sendo a curva de crescimento desde o lançamento?
Moretti – O lançamento está sendo superpositivo para a marca. Para Gillette, que é líder no mercado de lâminas e possui mais de 80% de participação de mercado, Body ainda é parcela pequena – cerca de 0,5% –, por se tratar de outra finalidade que não o rosto. Mas a expectativa é crescer de forma significativa devido a crescente tendência do hábito de remover os pelos do corpo.