O PAÍS AINDA SE ESFORÇAVA PARA abraçar com todas as forças o capitalismo quando eu fui à Rússia há 15 anos e fumaça.
Na época as baladas ainda não eram as mais selvagens da Europa, e talvez o Fenômeno ainda não as frequentasse.
Fui à soldo da revista pela qual trabalhava, a Viagem e Turismo, da editora Arvorezinha, que não mantém nossos registros dessa época romântica na internet.
Felizmente boas almas ainda habitam a redação, e a Donana enviou-me a reportagem, que consigna um rolê por Moscou e São Petersburgo.
Colo aqui alguns cartões postais dessa viagem, estranhamente fotografados por mim, sabe Deus com que câmera.
Não me lembro de ter passado nem 5 minutos no cascalho russo, não sei por que motivo, uma vez que desde 2001 havia retomado os trabalhos endorfínicos.
Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.