Cidade contra Cidade II

Paulo Vieira

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O mar verde de Canoa Quebrada que vejo do terraço do meu quarto desta pousada é inspirador. Inspirador para não fazer absolutamente nada.

Mas como estou aqui em nome do movimento, da endorfina e da atividade física, atividade contemplativa é o c*, e quando descanso carrego pedra, digo, escrevo posts.

Para seguir uma tradição iniciada ano passado, venho a uma praia famosa deste Nordestão da gota serena para escrever outro Cidade x Cidade.

Os dados selecionados são do Vigitel, estudo realizado pelo ministério da Saúde em conjunto com o NUPENS/USP com base em cerca de 41 mil entrevistas telefônicas feitas ano passado em todas as capitais do país.

Eles já foram divulgados há uma cara, mas talvez você não tenha se dado conta, imerso que está nesse negócio de rede social.

Com base neles dá para saber que populações vão bem – e mal – na atividade física, nos índices de colesterol, no peso e na obesidade.

Spoiler: Florianópolis novamente se destaca por seus bons hábitos – certamente ninguém foi entrevistado durante o Réveillon.

EXCESSO DE PESO

Bem na fita: São Luís (46% de sua população); Teresina e Palmas (48%) e BH (49%)

Mal na fita: Fortaleza, Porto Velho e Manaus (56%)

OBESIDADE

Bem na fita: Florianópolis (14%), São Luís, Goiânia e Teresina (15%)

Mal na fita: Porto Alegre, Belém e Cuiabá (21%) e Campo Grande (22%)

COLESTEROL ALTO

Bem na fita: Cuiabá (15%) e São Luís (16%)

Mal na fita: Recife (24%), Salvador (26%) e Aracaju (27%) – alô, Aracaju, tá na hora de se reunir com nossa comunidade de corridas!

ATIVIDADE FÍSICA

Bem na fita: Florianópolis (47% praticam ao menos 150 minutos semanais de atividade física) e Rio Branco (43%)

Mal na fita: São Paulo (30%), Recife e Salvador (empatados com 32%) .

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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