Em Brasília, 19 horas. Em São Jorge, a 240 quilômetros do Plano Piloto, coração da Chapada dos Veadeiros, onde estou agora, depende.
Quem já esteve aqui sabe que a coleção interminável de cachoeiras daria uma quantidade proporcional de posts – e minha ideia era fazer um justamente agora.
Mas li sobre a demissão do Claudio Carsughi e decidi trocar os cristais do Paralelo 14, as quedas d’água de 120 metros e a Paolla Oliveira em traje de banho para também prestar minha solidariedade.
Fazer isso com alguém com 50 anos de casa não se faz.
Não importa a situação do empregador.
Se a empresa age assim, desconsidera a retidão, a correção, a integridade de seu profissional.
Valores que não andam muito em alta, é bem verdade. Temos muito mesmo a aprender com os japoneses.
Não pedi permissão para ele, mas roubo aqui o último parágrafo do post do Flavio Gomes sobre o tema, que fala exatamente o que penso sobre isso e não consigo expressar.
Segue.
Na nossa vida, neste ofício, entramos e saímos dos lugares, é normal que uma empresa demita alguém, troque pessoas, busque novos caminhos. Não é um problema em si. Mas certas coisas não deveriam acontecer. Uma coisa é mandar embora o Flavio Gomes, foda-se, quem é esse cara na hora do Brasil, ninguém, mas outra, bem diferente, é dispensar o Claudio Carsughi, que existe desde sempre, nascemos, crescemos e morremos ouvindo o Carsughi, certas coisas, desculpe, não deveriam acontecer.