ERA DOMINGO DE ENEM, e o horário do 70,3, o “meio” IronMan, que debutou em São Paulo anteontem, teve de ser antecipado para às 5 da manhã.
Nenhum problema para os 1450 competidores, que para treinar já precisam acordar com as galinhas. Menos ainda para o trânsito da cidade e da Marginal Pinheiros, interditada em longos trechos para dar lugar aos 90K do ciclismo.
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A natação, na Raia Olímpica, começou com a noite virando dia, e a área de transição, dentro de Cepeusp, o famoso clube da USP, funcionou satisfatoriamente.
Carlos Galvão, sócio da Unlimited Sports, detentor da franquia IronMan no Brasil e organizador das provas aqui, celebrou o bom resultado do evento.
“Foram cinco anos planejando o evento em São Paulo, o que tem de fazer para o próximo ano, e eu tenho uma lista de 30 melhorias, é ajuste fino, coisa comparável a cortar a unha”, disse por telefone a este pasquim.

Em 2020, a prova paulistana será em 6 de setembro, e as inscrições devem começar – e terminar – nas próximas semanas. Para a edição de 2019 foram precisos apenas 6 dias para as vagas se encerrarem.
“Em 2020 a prova vai ser em véspera de feriado, São Paulo vai estar mais vazia, e boa parte dos competidores vem de fora.”
Galvão considerou a largada às 5 da matina uma “grata surpresa” e vai manter mais ou menos o horário. Como em setembro o dia nasce mais tarde, e o organizador quer algo de luz natural no início da competição, em 2020 a tigrada irá largar às 5h30.
Galvão quer tentar melhorar o itinerário do ciclismo, que teve alguns “zigue-zagues” indesejáveis. Já os 21K da corrida devem ser em 2020 exatamente onde foram anteontem, em idas-e-voltas apenas pela avenida Professor Mello Moraes, a famosa avenida da raia olímpica.

“Foi intencional, não queria colocar os atletas em subida, como a do Cavalo, nem queria distanciá-los muito do público.”
Galvão celebra os de “4 a 5 atendimentos médicos”, todos ocasionados por quedas de bike e que não ensejaram remoções a hospitais. Não houve qualquer ocorrência na raia – a natação é sempre o seu ponto de maior preocupação.
Quanto ao envolvimento da cidade com a prova, que para este editor foi menor ainda do que nas já combalidas maratonas de São Paulo, o organizador é menos cético. “Até umas 9h30 a USP estava incrível, com 7 mil pessoas lá dentro, famílias, bebês.”
Em 6 de setembro de 2020 a USP volta a ser a Jurerê paulistana.