Ironman faz de Floripa a ilha da endorfina

Paulo Vieira

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A ÚNICA ETAPA SUL-AMERICANA DO IRONMAN, que classifica automaticamente seus vencedores para a final em Kona, no Havaí, vai neste domingo para sua 17ª edição.

A prova, que desde 2001 é realizada em Florianópolis, segue nos mesmos bat-lugares da ilha: os 3,8K da natação no mar de Jurerê; os 180K de pedal entre Jurerê e Centro; e os 42K de cascalho entre Jurerê e Canasvieiras.

Para o “trade” turístico da cidade é o segundo evento mais aguardado do ano, depois do Réveillon. Numa pesquisa feita há um par de anos, a taxa média de ocupação hoteleira durante o fimde do Iron fica em 90%, maior do que a média da alta temporada.

Além disso, é vitrine para a cidade trazer outros eventos do gênero. A prova, que este ano tem 2 500 atletas de 40 países, foi vencida uma única vez por um brasileiro, o mineiro Igor Amorelli, em 2014. Ele treina há tempos em Balneário Camboriú, talvez por isso o Diário Catarinense, principal jornal da cidade, chame-o de “catarinense”.

O LIVREIRO DA VILA QUE VIROU TRIATLETA

RUNNER’S HIGH

A NATAÇÃO A SERVIÇO DA CORRIDA

CIDADE CONTRA CIDADE

Em 2015, ele ficou longe do título, mas bateu o recorde sul-americano da competição, baixando o limite das 8 horas (7:59:36). Em 2016, vindo de uma lesão no braço, decidiu-se por competir na última hora e abandonou durante o pedal.

O melhor brasileiro do ano passado, Flavio Carvalho, chegou em sexto, com 8:19:17. A brasileira Ariane Monticelli, que venceu a competição em 2015, em 2016 chegou em quarto lugar após sofrer problemas com sua bicicleta.

A julgar pelos resultados deste primeiro semestre, Amorelli vem forte para o Iron. Há exatamente um mês o “catarinense” venceu em Palmas (Tocantins) o 70,3 da cidade – em milhas, exatamente metade da distância total percorrida pelos atletas do Iron.

Leia perfl de Amorelli que escrevi à soldo da revista Sport Life aqui.

E veja embebido abaixo o vídeo institucional do Iron de 2016, feita pela empresa organizadora do evento no Brasil.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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