POUCOS SUJEITOS SÃO TÃO CABEÇAS DURAS quanto o corredor. Quanto mais corre, mais considera esbanjar saúde. Destarte, raramente faz outra atividade física. Fortalecer grupos musculares que não estão – ou ele acredita não estar – diretamente ligados à dinâmica da corrida, nem pensar.
Além de cabeça dura, o sujeito com isso se torna um bunda mole – às vezes com hífen. Numa “clínica de corrida”, um encontro muito interessante de especialistas sábado passado organizado pelo Ultra Carlos Dias, o treinador Carlos Mello fez uma blague sobre isso.
“Para correr bem e não correr risco de sofrer lesões o sujeito não pode ser bunda-mole”, brincou, antes de sugerir um exercício para o fortalecimento dos glúteos, de que falaremos ao final desta coluna.
Mello não precisou argumentar que o desenvolvimento desse grupo muscular está diretamente relacionado com a evolução da espécie humana, com o fato de termos conseguido sair da postura curvada e virarmos bípedes.
O NOVO TREINAMENTO FUNCIONAL
BURPEE PARA AS MASSAS
UM CIRCUITO FUNCIONAL PARA COMEÇAR A SEMANA
UMA ESTEIRA SEM MOTOR
Quando o corredor decide fortalecer o “core”, normalmente pensa apenas no abdome – e dá-lhe abdominais. Mas para não sofrer com a dor lombar e não sobrecarregar a panturrilha, especialmente para quem faz longas distâncias, é fundamental fortalecer os glúteos (são dois: o máximo e o mínimo).
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Sem mais delongas, ao exercício:
De costas, sobre quatro apoios – cotovelos e joelhos – faça uma elevação de quadril. Em seguida, estique a perna direita, emulando o movimento de um cachorro fazendo xixi – a imagem é do Mello. Após uma sequência de até 12 repetições, alterne a perna, esticando agora a esquerda.