SE MINHA MENTE FOSSE DOTADA de um pouco de visão de futuro (e um pouco mais de visão de presente também), eu poderia ter criado uma esteira sem motor.
Antecipar-me-ia (alô, alô, Michelzinho) assim à fabricante de equipamentos esportivos Movement, que lançou no primeiro semestre deste ano a Rock Force, uma esteira exatamente assim.
É que a primeira vez que eu subi numa esteira eu não sabia que era necessário ligá-la. Passei uns bons 15 minutos – 10, vai –, fazendo uma força dos diabos. Alguma coisa deve estar errada, eu pensava.
![Dá-lhe core](https://jornalistasquecorrem.com.br/wp-content/uploads/2016/11/rockforce2-e1479414946772.jpg)
Daquele jeito não dava para correr muito. Jamais chegaria nos 80 minutos, meu recorde de permanência em esteira – vai saber onde eu tirava paciência. Por outro lado, iria levar os músculos das minhas pernas a interessantes extremos de força.
Era um belíssimo treino, e a esteira, um negócio da China.
CORRER EM ESTEIRA VALE?
DICAS PARA CORRER NA ESTEIRA
ESTEIRA E BIKE TUDO AO MESMO TEMPO AGORA
TREINO FUNCIONAL COM COMPADRE WELLINGTON
A ESTEIRA SEM IMPACTO
Pois hoje eu fui conhecer a Rock Force na academia Needs, em Moema Índios, SP. O muito atencioso coordenador Beto Nogueira me mostrou as possibilidades da dita cuja, que é muito simples, dotada de uma espécie de “câmbio”, com sete marchas – na verdade, freios que exigem esforço crescente.
Beto usa a esteira para trabalhos de força: exercícios com apenas uma perna, puxadas, simulações de caminhadas com trenó etc.
Utilizando-se um elástico que impede o avanço do usuário, o treino se torna ainda mais exigente. E quando a gente só usa uma das pernas para mover a esteira fica claríssimo o trabalho da região abdominal, o famoso “core”.
Tirando o aspecto nada lúdico da coisa, um problema eternamente insanável, a Movement acabou de inventar a esteira 2 em 1. Tanto pode funcionar para os corredores como esteira propriamente dita (é preciso ter enorme disposição) como, nos dias alternados, de plataforma para exercícios de musculação/funcional.