A maratona de Berlim

Paulo Vieira

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BERLIM TEM UMA DAS MARATONAS mais desejadas do mundo, fetiche nível Boston. O recorde mundial dos 42K foi batido ali. Temperatura, topografia, a “bitola” larga das vias antimuvuca e a qualidade do leito carroçável são alguns dos features da capital alemã.

Numa palestra competentíssima em recente encontro promovido pela Mizuno em São Paulo, Mario Sérgio Silva deu a ficha completa da corrida na capital alemã.

Comentou, por exemplo, da corrida de patins que ocorre na véspera da prova pelos mesmos 42K do percurso, atestado de excelência do piso, e do problema das estações de hidratação a cada 5K apenas de um lado da “pista”.

MARATONISTA DESENCANADO: TCHAU, RIO; ALÔ, BERLIM

MARATONA, O FETICHE

MINHA PRIMEIRA MARATONA, VIVACE

CORRENDO NO VELHO AEROPORTO DE BERLIM

Convidado pelo jornalista Ricardo Capriotti, falo a cada três ou quatro semanas no programa radiofônico Fôlego, da Band, sobre destinos bacanas para correr. Na minha última participação comentei justamente de Berlim.

Eu falo lá pelo minuto 40 do programa de 2 de julho, que você pode ouvir aqui.

O enorme parque Tiergarten, a icônica Alexanderplatz, os prédio altos de Berlim Ocidental, a Unter den Linden, os grafites, os squats, o incrível museu do Muro, o busto de Nefertiti, tá tudo lá. Mesmo que os maratonistas brasileiros só tenham olhos para o relógio, há uma cidade incrível a ser contemplada.

Uma palhinha, com o bônus de não precisar ouvir minha voz roufenha, abaixo.

Erguer edifícios altos era uma estratégia para mostrar pros conterrâneos do outro lado do muro as supostas delicias do capitalismo – colocar um logotipo de uma famosa montadora no alto de um deles também. Por falar nisso, visite o Museu do Muro, ao lado do antigo Checkpoint Charlie, para ver o que o ser humano não faz quando vive em privação de liberdade.

Tente descobrir em que parte do minúsculo carro Trabant os berlinenses do antigo lado oriental se escondiam para cruzar o Muro.

A ironia: Berlim Ocidental é que era toda murada, completamente isolada do resto do país.

E melhor do que tudo isso, a íntegra da maratona em que o queniano Dennis Kimetto bateu o recorde mundial dos 42K, em 2014, abaixo.

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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