ENQUANTO O BRASIL DERRETIA, eu corria. Do outro lado do mundo. Minha curta estada na Nova Zelândia registrou quatro corridas, três delas daquelas que o vulgo chama de “treino”.
A primeira foi uma prova, e longa. Uma maratona. Exatamente 23 horas após minha chegada em Napier, pérola art déco do Pacífico, corri a maratona de Hawke‘s Bay, uma das regiões vinícolas do país – também tem maçã e abacate por aqui.
O relato está no link abaixo.
MINHA TERCEIRA MARATONA: A PRIMEIRA QUEBRA A GENTE NÃO ESQUECE
Na mala está a medalha, um monte de roupas molhadas e um branco – nem vi direito, suponho que seja branco – feito pela vinícola onde se deu a chegada desses duríssimos 42K. Nunca corri com tanto vento contrário.
Minhas outras corridas foram mais relaxantes. Em Tauranga, na província de Bay of Plenty, à beira-mar, melhor dizendo, à beira-porto, fiz um 8/9K regenerativo, mas não porque tenha trotado ou pegado leve. É que o destino final da corrida era uma terma com quatro ou cinco piscinas salgadas, naturalmente salgadas.
Se este post acrescenta alguma lição a alguém, ela já vem agora: todas as corridas, do mais comezinho trote à mais dura ultra, deveriam terminar numa piscina de águas térmicas.
Dá para entender porque os japoneses são tão chegados numa sauna, frequentando-as todos os dias da semana até tarde da noite.
E esse final delicioso para uma corrida voltou a acontecer na Nova Zelândia, em outra cidade famosa por seus odores sulfúricos: Rotorua. À beira do lago de mesmo nome, cheia de trilhas para caminhadas e pedal, corri por ali 1:15, o que deve ter somado mais 14K ao meu prontuário endorfínico.
Novamente, o grand finale foi numa terma, agora mais chique.
Em Auckland, principal cidade do país, fiz uma trilha clássica, beira-mar, entre o “waterfront” da cidade e a praia de Saint Heliers, 10K a leste. Na volta o tempo virou, choveu e ventou cães e gatos, mas, curiosamente, meu tempo de retorno foi mais curto.
Não tinha terma no final, o jeito foi se virar com o chuveiro do hostel.
A CORRIDA COMO SEU ÔNIBUS DE TURISMO
O ESPECIALISTA
Fica aqui uma convocação para os demais corredores: vamos ocupar o Rio Quente?