O triatleta cervejeiro

Paulo Vieira

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DEPOIS DIZEM QUE SOU EU. Experimente dar uma busca na palavra “beer” em qualquer publicação de corrida gringa para ver a montanha de matérias que relacionam cerveja e corrida, a atividade física preferida deste pasquim.

Sabemos que há um elemento comum entre as duas paradas: ambos são verdadeiros monumentos ao prazer. Mas começo a desconfiar de que há também argumentos menos metafísicos.

Algo nesta linha, de que já falamos no primeiro link abaixo, como a liberação dos flavonoides, presentes no lúpulo e na cevada, elementos que contribuem para combater a oxidação das nossas combalidas células.

CERVEJA E SAÚDE

CONVITE AO PRAZER

A MARATONISTA CERVEJEIRA

Esse trabalho antioxidante é capital na recuperação do estresse provocado pelo esforço físico. Eu deveria, a propósito, me empanturrar de cerveja para recuperar minha panturrilha esquerda depois de ter pulado corda no domingo.

PULAR CORDA: UM EXERCÍCIO PARA NÃO FAZER NA SEMANA DA MARATONA

As propriedades da cevada e do lúpulo devem ter sido levadas em conta pelos inventores da Beer Mile, aquela corrida de 1 milha em que a cada 400 metros os atletas param para consumir no pau uma lata de cerveja.

BEER MILE

Achei na Runner‘s World, que por sua vez havia achado num jornal de Northampton, no meio-nada do Massachussets, a história do americano Tim Kliegl, que para celebrar seu 66º aniversário decidiu correr 1 milha por dia – e beber uma cerveja diferente também a cada dia.

Mas para um corredor com seu currículo, com 12 participações na maratona de Boston, cinco Ironman e que havia celebrado seu aniversário anterior, de 65 anos, correndo no b-day exatamente 65K numa talagada só, 1 milha por dia, convenhamos, é pintinhozinho comendo um amendoinzinho.

Ele então correu uma média de 5,34 milhas (8,5K) por dia ao longo do ano. E, sim, chegou a 365 marcas de cerveja diferentes. “O mercado de cervejas artesanais está bombando. Todo mundo está fazendo cerveja”, disse ao Daily Hampshire Gazette, como você mesmo pode ver aqui.

“Eu jamais teria conseguido fazer isso dez anos atrás.”

SÉRGIO XAVIER CHEGA A BOSTON

O IRONMAN E O BRASIL REAL

CHACOALHANDO A MAMADEIRA DE WHEY

MARATONA, O FETICHE

MARCOS PAULO REIS E O PODER

Em dezembro passado, quando foi ouvido pelo Gazette, ainda não sabia como iria celebrar o aniversário de 67 anos: “Estou tentando descobrir algo que não me mate.”

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Os desafios a que se propõe Kliegl não diferem, em natureza, daqueles dos chacoalhadores das mamadeiras de whey, que viajam para Berlim, Boston, Amsterdã e outras praças do circuito Elizabeth Arden com o fito de baixar seus tempos de maratona.

Tratam-se de fetiches, nada mais do que isso. Menos divertidos que os de Kliegl, mas ainda assim fetiches.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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