HÁ RÁDIOS QUE GOSTAM DE DIZER AS EFEMÉRIDES DO DIA. Elas são muitas, pois fatos ocorrem a todo momento em vários lugares do mundo – e possivelmente também em outras galáxias –, e há, ainda por cima, as profissões para homenagear.
Neste particular, fica ainda pior. Determinada função pode ser homenageada num dia, a instituição de que ela faz parte no outro, e assim vamos. Há dias do jornalista e também da imprensa, do advogado e do direito, para ficar em exemplos quase aleatórios.
Pois ontem, 7 de agosto, foi dia do maratonista. A data homenageia o nascimento do etíope Abebe Bikila, campeão olímpico das maratonas de Roma (1960) e Tóquio (1964). Em Roma, Bikila correu descalço, apesar da oferta de alguns pares de tênis da Adidas – é preciso considerar o que seria uma oferta da Adidas em 1960.
Ele preferiu ir na ancestralidade, como sempre fazia, e cravou 2:15:16, recorde mundial à época.
A saga do corredor africano, que também foi membro da guarda real do imperador Hailé Selassié, tornou-se mais tarde o docudrama The Athlete, filme de que já falamos na primeira dentição deste pasquim.
THE ATHLETE, O DOCUDRAMA
SOLONEI SE FRUSTA EM AMSTERDÃ
A maratona masculina é uma das provas mais nobres da Olimpíada, tendo sido realizada desde os primeiros Jogos da Era Moderna, em Atenas, em 1896. Mas ainda não era a mítica distância consagrada, de 42,2K, ou 42 195 metros, para ser mais preciso, que foi corrida em Londres, em 1908, mas só foi estabelecida em Paris, em 1924.
A maratona feminina só foi introduzida nos Jogos de Los Angeles, em 1984, apesar da distância ser corrida pelas mulheres desde o começo do século. O importante é competir, reza o lema, mas só os homens, alguém poderia acrescentar.
Tudo isso você está cansado de saber, mas pareceu boa introdução para esta pequena porém decente coleção de artigos que falam da maratona.
O editor deste pasquim, como sabem ou podem saber os poucos que até este parágrafo chegaram, correu duas maratonas, ambas em São Paulo; este mesmo editor considera que os maratonistas de primeira e de muitas viagens respeitam demais a prova, o que só realça o caráter fetichista da coisa toda. Marx, o Carlos, explica.
De qualquer forma, se todos os que um dia cumpriram a distância merecem ser homenageados no Dia do Maratonista, aceito o tributo. E me junto a esses tão valorosos esportistas que concluíram a Nova Mara de São Paulo, a da Iguana Sports, no domingo retrasado, com quase seis horas de corrida.
Parabéns a vocês Osmar, Laura, Zé Carlos, Alessandro, Ricardo e tantos outros maratonistas.
OSMAR, LAURA, ZÉ CARLOS, ALESSANDRA ET CATERVA: OS VERDADEIROS MARATONISTAS
MARATONA, O FETICHE
É PRECISO DESRESPEITAR A MARATONA
A PRIMEIRA MARA A GENTE NÃO ESQUECE, VIVACE
A PRIMEIRA MARA A GENTE NÃO ESQUECE – NA FERRADURA
MARIO SERGIO SILVA E O MARATONISTA PROBLEMA
ELE DEU SUA PRIMEIRA AOS 53
ZILMA, A ULTRAMARATONISTA
MANUAL MURAKAMI PARA ULTRAMARATONISTAS – PARTE 1
MANUAL MURAKAMI PARA ULTRAMARATONISTAS – PARTE 2