Voltando de bicicleta da rádio Bandeirantes, onde fui me encontrar com o generosíssimo Ricardo Capriotti anteontem, lembrei-me de uma matéria que escrevi há, er, 30 anos.
Trinta anos, senhoras e senhores. Vinte e oito quiçá, para ser mais condescendente, e, como se isso tivesse alguma importância, exato.
Lembrei dela por ter sido apresentado ao Cláudio Zaidan, que eu só conhecia pela voz – e que voz, cavalheiros. Capriotti, te devo mais essa.
Na matéria de três laudas e pico eu procurava descrever locutores de rádio e de TV de que não conhecíamos o rosto. Acho que era esse o mote do trabalho, se é que ele tinha algum, trabalho que era diletante, possivelmente feita para a saudosa e então valorosa PUC/SP.
Havia o Lombardi, lui-même, simpaticíssimo, e o monumental Sergio Bocca, da rádio Globo, uma voz impressionantemente cheia, que deixava todo mundo no chinelo. Lembro de seus testemunhais do Escort XR-3, grande lançamento automobilístico daquele ano. Boca dizia, gênio: “Xis de xamego, erre de rala-rala, 3 de três palavrinhas: eu te amo”. Phoda.
Como não havia Google Images à época, uma matéria dessas até se sustentava.
Mas eu sinceramente não lembro por que cheguei até aqui se o que eu queria mesmo era colocar no ar o vídeo abaixo.
Nele entrevisto esse outro parceiraço, o Clayton Conservani, da TV Globo, o pai de família extremo dos domingos Faustão-free da Globo. A matéria foi feita para a revista Sport Life, que acaba de chegar às bancas.
Perdoem os esgares ridículos e os cacoetes faciais deste entrevistador acidental.