Aline Salcedo, editora da Contigo no Rio, postou no facebook do JQC um link para seu blog pessoal Corra, lôra, corra. Ali ela comenta que está voltando a correr depois de ter sido atropelada na ciclovia da orla, em Copacabana, em meados de agosto.
O acidente lhe valeu fraturas no cotovelo e no antebraço e dez “parafusos” implantados no corpo, além de um trauma “geográfico” que ela superou só hoje, 1 de outubro, ao voltar ao “local do crime”, como disse. Local do crime entre aspas mesmo, pois fez questão de correr 20′ na areia e outros 10′ no calçadão. “Ciclovia nunca mais”, diz ela.
No Rio, andar na ciclovia às vezes parece coisa mesmo para profissionais. Uma vez, com uma daquelas bicicletas laranjas do Itaú, fui xingado junto com toda minha descendência por uma ciclista, tudo porque eu devia estar a uns 10km/h, embevecido com o visual da Lagoa. Negócio meio Senna e Nakajima, Piquet e aquele piloto chileno, Salazar.
Em Sāo Paulo, bikes e corredores vivem uma estranha e nem sempre tácita trégua na USP, onde, todas as noites, pelo menos 50 bikes atingem velocidade de cruzeiro, mesmo com os muitos corredores que treinam no mesmo local, a chamada “Bolinha”. Um local, aliás, onde passam todos os ônibus que circulam dentro da USP e um monte de carros.
A situação pode piorar, pois a ciclovia da Marginal Pinheiros e suas eméritas capivaras vai sofrer uma interrupção de mais um ano bem no trecho central, na altura da estação Vila Olímpia da CPTM. O pessoal que treina velocidade ali vai ter de meia-volta ou migrar para a USP.
Que, às vezes a gente esquece, não tem nenhuma relação com assessorias esportivas e seus clientes. Em breve devemos ter o prefeito do campus aqui falando sobre o tema.
E você, já se estranhou com ciclistas?
(Post perpetrado de uma mesa do Paribar com wi-fi, aí sim, fornecido pela municipalidade.)