Quando eu comecei a correr, só queria aumentar o meu fôlego, gastar a energia das cachorras e segurar o peso. Porém, após alguns desvios no caminho – leia-se preguicinha de sair “só para fazer isso”-, decidi levar a corrida mais a sério e colocar uma meta: correr 10km até o final do ano, dentro de um tempo razoável e sem ficar morrendo no final.
Eu me conheço suficientemente bem para saber que definir isso interiormente não era o bastante, precisava traçar um plano de como alcançar o objetivo, então, fui atrás de ajuda profissional e ontem me consultei pela primeira vez com uma médica esportiva, a Dra. Sandra Umeda.
Contei para ela sobre o meu histórico sedentário, onde e como corria, quanto tempo aguento… E ela, em sua tranquilidade oriental, me ouviu falar, falar e falar, antes de soltar “você precisa se inscrever em uma prova, porque isso sim é uma meta”. E me sugeriu a Track&Field do Villa Lobos, dia 10 de novembro, “tempo mais do que suficiente para você correr até 11K”.
Para alcançar a minha nova meta, porém, eu preciso fazer 2 meses de musculação ou algum exercício que fortaleça os músculos da perna e do abdômen, isso porque, como quase toda mulher, eu tenho os joelhos para dentro e, quando correr, se não tiver uma boa massa muscular nas coxas, acabarei sofrendo alguma lesão. O fortalecimento do abdômen é para garantir que eu não fique com dor nas costas, além de melhorar a minha postura e me deixar “saradinha”.rs
A médica também avaliou o meu tênis, que é muito bom para corrida, por ser levinho e não ter quase amortecimento, mas não é o ideal para os treinos, porque, como eu tenho uma pisada neutra para supinada, preciso de um calçado neutro e com amortecimento na frente (leia mais sobre isso nesse post aqui). A maioria dos tênis, porém, tem o amortecimento atrás, por isso ela me sugeriu o Asics Nimbus.
Ela também me sugeriu um treino, para os 2 primeiros meses, quando correrei 6km dois dias por semana, que é o que eu já estou acostumada, porém, de forma mais regrada, intercalando corrida e caminhada rápida a cada 3 minutos, do início ao fim. Outra coisa que ela orientou foi a NÃO alongar antes e logo depois do treino, mas sim aquecer. O alongamento combinado com a corrida pode causar alguns problemas musculares na mulher, que é mais frágil (corporalmente!) do que o homem. Ela me aconselhou a alongar apenas nos dias em que farei musculação.
Para me ajudar nessa caminhada, ela também reiterou a importância do acompanhamento nutricional e, já avisou “nesses dois primeiros meses você ficará mais pesada, porque massa muscular pesa mais do que gordura. E talvez seu corpo também retenha líquido, antes de entender essa nova fase, baixar a guarda e começar a afinar”. Tudo bem, a meta é a médio prazo. E para saber mais sobre os limites do meu corpo, farei ma avaliação ergoespirométrica (que é diferente de ergométrico, veja aqui).
Estou bem animada e começarei na segunda essa nova fase com “foco na missão”. Torçam por mim e, sinceramente, procurem um médico esportivo para potencializar ainda mais o treino 😉
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