“EU JÁ SABIA”, diria o Peixoto, não o genro de Bonitinha mas Ordinária, mas o jornalista de carne e osso que deixou o viço na Editora Arvorezinha e hoje joga recuado, só a bola a correr, na Lapa de Baixo – metáfora futebolística envolvendo perna-de-pau, pensando bem, não é boa escolha.
Pois eu digo, eu digo sim, sim, eu digo sim em alto e bom som à frase do Peixoto: EU JÁ SABIA!
Como se sabe, estudos científicos vêm chancelando, há pelo menos duas décadas, a hipótese de que a cerva/breja, o tinto e até o mé, administrados em doses moderadas mas regulares, fazem bem para o coração.
Já falamos bastante disso na tenra história deste pasquim, veja ou reveja nos links abaixo.
MAIS BIRITA, MAIS PERFORMANCE
MAIS BIRITA, MAIS CORRIDA (OU SERIA O CONTRÁRIO?)
O CLUBE DE CORRIDA E CERVEJA DE SAMPA
A MARATONISTA OLÍMPICA CERVEJEIRA
Agora, os cabeções do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) decidiram entender qual é a mágica. Como afinal age a birita na proteção do coração.
A (possível) chave do mistério é a enzima mitocondrial ALDH2 (lá vai: aldeído desidrogenase-2), que ajuda a eliminar do organismo tanto os subprodutos tóxicos gerados pelo metabolismo do álcool como também – e aqui vale a hachura – um tipo de molécula reativa produzido nas células cardíacas quando estas sofrem um dano importante, como aquele causado pelo infarto, por exemplo.
“Nossos dados sugerem que a exposição moderada ao etanol causa um pequeno estresse nas células do coração, não suficiente para matá-las. Como consequência, a célula cardíaca acaba criando uma memória bioquímica contra estresse”, diz Julio Cesar Batista Ferreira, professor do Departamento de Anatomia do ICB-USP e coordenador da pesquisa.
E agora Ferreira comete pura poesia científica:
“Quando [a célula cardíaca]é submetida a um estresse maior, já sabe como lidar.”
(Nada que a fisiologia – e o bom senso – não venha soprando nos ouvidos peludos dos corredores desde tempos imemoriais, mas relevemos.
A história está explicada em muito mais detalhe no site da Fapesp, a agência paulista de fomento à pesquisa científica, site roubado na mão grande por este pasquim em algumas linhas desta postagem, descubra quais.
E agora, vamos derrubar quantas depois do longão de sábado?
Foto da homepage: Tomás K Oliveira/Flickr
Sabia que tinha uma explicação cientifica
54 anos, saudavel, e brejas diarias
Que bom!!!
O álcool protege o coração? Pode até proteger, se um pequeno cálice diário. Mas Dr. Macedo do Hospital
Israelita Albert Einstein em entrevista, afirma que o álcool a longo prazo pode causar câncer do pâncreas. É um grande causador.
Melhor deixar a bebida alcoólica para o final da semana.