Eles não tomam whey.
Eles não têm alimentação regrada.
Eles não acordam cedo – pois trabalham até tarde.
Eles fazem um treino semanal de corrida na pior hora do dia, às 2 da tarde, calor dos infernos, pois é o horário que dá.
OS CORREDORES DA PIZZARIA
DOSSIÊ DA PROTEÍNA
NEIDE FEZ A DIFERENÇA NO CAPÃO REDONDO
A MARATONA DE SÃO PAULO, VIVACE
Eles passam horas e horas de pé no trabalho, seja andando pelo salão, seja produzindo centenas de pizzas na cozinha.
Eles correm onde dá, em pequenos parques ou no meio de corredores de ônibus e calçadas estreitas, o cenário comum dos bairros periféricos do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, e São Mateus, na Zona Leste.
Eles trabalham pesado aos fins de semana, e se há prova no domingo cedo, o sono vai para o vinagre.
Eles ganham cerca de 3 mil reais e não reclamam da vida.
E eles conseguem alguns tempos de corrida sobre-humanos. Na meia maratona, o cearense de Pedra Branca José Daniel de Souza cravou 1:31. E no 10K, é sub 40′: já fez 38 e algo.
Outro Zé, o Alves, piauiense da região da Serra da Capivara – cujo parque nacional é uma das atrações naturais mais bonitas do Brasil – fez os 10K em 42′.
Os dois vão debutar na maratona em abril, São Paulo.
Em provas de revezamento, a equipe dos funcionários da rede de pizzarias 1900 também exubera. Já ficou em sexto lugar no Maresias-Bertioga.
Com mais personagens e um pouquinho mais de nostalgia sociológica, essa história de superação está contada na VICE BRASIL.
E está neste link aqui.