Em uma de suas recentes colunas digitais, o juiz Iberê Dias, nosso amigo velocista, diz que sucumbiu ao overtraining e precisou desacelerar. Ele afirma não se lembrar de ter feito treinos tão lentos e com frequência cardíaca tão alta nos últimos seis, sete anos.
Como Iberê é um homem que registra, calcula e desconhece a imprecisão, nenhum termo da proposição é falso – ou metafórico. Destarte, ele jamais treinou tão lentamente e com frequência cardíaca tão alta nos últimos seis ou sete anos.
Eis a receita do sujeito na última semana:
Segunda, terça e quarta: 50 minutos. Corrida leve.
Quinta: 50 minutos.Com oito ladeiras de 1 minuto.
Sexta: descanso.
Sábado: longão de 1h30. Leve.
Domingo: 40 minutos. Corrida leve.
Se isso é pegar leve, que posso eu dizer? Nas últimas duas semanas, com o álibi ruim de duas viagens ao Rio Grande do Sul e à África do Sul – ando com preferências polares –, corri apenas quatro vezes, duas na Serra Gaúcha e duas outras no Cabo Ocidental, na África do Sul.
Reluto em correr hoje, feriado em São Paulo, celebração da “guerra dos paulistas”, pois peguei um resfriado, algo que não me acontecia desde a semana da meia do Rio feita à base do gengibre milagroso do primo-irmão Eduardo, de Niterói.
Muito vinho e pouca corrida os males de julho são. Pelo menos estou colocando o cinema em dia. Mas me aguarde. Até o fim do dia trago mais notícias sobre minha volta ao cascalho.
Tenho, afinal, um 3:46 registrado há menos de dois meses a honrar!