Depende. Pesquisadores americanos já gastaram milhões de dólares em mais de 20 anos de pesquisas para responder a essa pergunta. Ao contrário do tempo das nossas avós, hoje o senso comum diz que gente magra é gente feliz- e saudável. Embora menos gordura corporal esteja associado a menores índices de diabetes e doenças cardiovasculares, o impacto da redução calórica na expectativa de vida ainda é tema de debate.
Em 2009, um estudo da Universidade de Wisconsin analisou colônias de macacos rhesus e chegou à conclusão de que aqueles que receberam a dieta com restrição de calorias viveram um pouco mais do que o grupo de controle, que podia comer à vontade e tinha alimentos ricos em açúcar ao alcance da mão.
Mas um estudo publicado em 2012 pelo National Institute on Aging laboratory de Baltimore descobriu que os macacos que viviam na dureza do regime não viveram mais do que aqueles que receberam uma dieta normal. Depois que a galera abriu os sacos de batata chips para comemorar, nesta semana os pesquisadores voltaram atrás e afirmaram que o grupo bom de garfo estava recebendo uma alimentação baseada em alimentos integrais, próxima da que esses macacos teriam em seu habitat natural.
Ou seja, como os estudos não usaram o mesmo método, os dois grupos de pesquisadores anunciaram que agora irão trabalhar em um artigo conjunto para tentar determinar qual é a redução calórica que de fato pode nos ajudar a viver mais.
Pesquisas com ratos de laboratório mostram um aumento de 40% na expectativa de vida com uma dieta sem derrapadas, mas o resultado com macacos é o que mais se aproxima da realidade da macacada que não se aguenta na frente da pizza ou do oitavo chope. Nem todo mundo consegue se segurar em uma dieta com 30% a menos de calorias, mas é bem provável que controlar um pouco a boca seja uma boa estratégia para viver por mais tempo.