Num gesto de calculada rebeldia, o designer Fabio Black, aka Touro Indomável, promete fazer o que chama de “descanso do guerreiro” no Carnaval. Picanha, cerveja e Bob Marley estão nos ingredientes da dieta das Cinzas. Cada cabeça, uma sentença, diriam os mais velhos. Mas ele já perdeu 4kg e está achando é pouco. Vai que vai, maluco.
Estou chegando ao fim do meu primeiro mês de treino funcional para este “Na Medida” do JQC. A saga está aqui, aqui e aqui. O resultado sinalizado pela balança, que é o que dá audiência, é de perda de apenas 4kg. Digo “apenas” porque o resultado estético foi impactante. Olhando no espelho, eu calculava ter perdido uns 8kg. Mas, pensando bem, 8kg em um mês é coisa pra dedéu.
É provável que eu tenha desenvolvido meus músculos, principalmente os das pernas, então houve uma recompensa ainda maior. As calças não mentem, estão todas folgadas na cintura.
Outra prova de evolução é a melhora na minha condição geral. No primeiro dia de treino com o Veron, andar 10’ a um pace de 6 km/h me deixava muito ofegante; nesta última semana, fiz um treino em que dei 4 tiros de 500m a 12km/h (2’30” na pegada) no meio de vários exercícios.
Veredicto: fiz tudo direitinho, sobrevivi e minha recuperação cardíaca (aquela de sair da frequência acelerada para a normal) está cada vez mais rápida. Tudo bem, ainda não sou o Bjorn Borg, para usar um exemplo que o Paulo Vieira, velho que só ele, gosta de usar.
Na parte muscular, não riam, pego leve, pareço uma moça, principalmente ao trabalhar os grupos musculares dos braços e do peitoral. Sofro para completar os exercícios, mas em compensação minhas pernas reclamam pouco.
Agora vem o Carnaval, vou à praia, churrasquinho, caipirinha, pá, e receio engordar um pouco e perder esse condicionamento tão difícil de conquistar. De qualquer forma, pretendo correr na areia pelo menos um dia do feriado, o iPod na orelha tocando Bob Marley, depois é claro que vai ser a hora da picanha e da cerveja, afinal é a festa da carne não é?
Semana que vem vou falar da minha volta aos gramados, ainda estou digerindo essa aventura e, no momento, para continuar na metáfora futebolística, só consigo pensar em como fazer para driblar o trânsito da Imigrantes mais tarde.
Este sou eu ontem (em janeiro):
Este sou eu hoje: