NÃO PARTICIPEI, NUNCA CORRI, TALVEZ NUNCA CORRA. Mas já a fiz, a meu modo, solitariamente, e em versão compacta, quando me hospedei uns dias de outubro de 2016 numa área escura do Brooklyn.
Nada contra. O que pega é a questão fiduciária.
Mas a mara de Nova York continua sendo uma enorme atração. Ontem foram 53 627 corredores que a concluíram, 57% desses homens. Que são cerca de meia hora mais rápidos que elas, na média.
Vinte e cinco mil desses que concluíram a prova eram estrangeiros, pouco menos que a metade total da tigrada.
Metade dos americanos entre os corredores ontem era de Nova York mesmo. Entre eles, a mais velha corredora, Rosalie Ames, de 89 anos.
Sim, 89 anos. Ela fechou os 42K em 5:39:25. Mostrou bastante regularidade, já que bateu a marca da meia com 2:42:24.
(Estou dando de barato aqui as 3 mil escadarias e trocas de metrô e trem que ela teve de enfrentar para ir das lonjuras de Fresh Meadows, pra lá do Queens, onde Rosalie mora, até o pórtico de largada, em Staten Island.)
Havia perto de 900 brazucas na mara, 565 homens. Desses, 28 voaram baixo, fazendo sub-3. Entre as mulheres, apenas Kamila Pontes, de 39 anos, foi sub-3, descendo a cavalaria em pace 4. Todos devem ter adorado os 10 graus Celsius.
Cáspite, quando eu vou correr de novo sob essa friaca?
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Nossos provectos não eram tão provectos assim. Aparecido Zacharias dos Santos e Alexandru Salomon, ambos de 75 anos, fecharam com 5:46 e 7:02, respectivamente.
A venerável Maria Abrão, de 68 anos, correu a 5:55:44.
Não havia nenhum brasileiro na faixa mais jovem, de 18 a 19 anos. Mas onze na seguinte, dos 20 aos 24 anos. E desses onze, três mulheres.
Considerando todas as nacionalidades, a maratona de Nova York fez mais a cabeça dos homens dos 40 aos 49 anos; já das mulheres, surpresa: o maior contingente era dos 25 aos 29 anos.