O EL PAIS PUBLICOU, O MEIO ECOOU e este pasquim foi com seu retardo habitual atrás da história, que é boa e endossa nossa visão pró-magrela no transporte público, no transporte individual, no transporte de lazer.
Como você vai ver, bicicleta pode jogar nas onze mesmo em cidades cheias de pirambas como Essepê.
A história é a seguinte. Com patrocínio do Itaú-Unibanco, o Cebrap empreendeu uma pesquisa entre setembro e outubro de 2017 com 1100 moradores da cidade de São Paulo. Parte desses moradores é de ciclistas, que serviram como grupo de controle.
Segundo a própria pesquisa, cuja íntegra está aqui, ciclistas são “pessoas que realizaram viagem com bicicleta para deslocamento no último dia útil anterior à entrevista.”
Eis um fragmento do que se descobriu.
Se o paulistano que usa ônibus para deslocamentos de até 8K preterisse esse “modal” pela bicicleta, ele economizaria R$ 138 por mês, em média. Caso nosso amigo seja adicto do automóvel, trocá-lo pela bike significaria uma economia mensal média de R$ 451.
Do ponto de vista da redução da emissão de CO2, o poluente que ainda não demos conta que está nos matando lentamente, os resultados são os seguintes, sempre tendo em mente o deslocamento de até 8K: 31% das viagens de ônibus poderiam ser pedaladas, levando a uma diminuição de 8% do CO2 emitido por este meio de transporte.
No caso do carro, até 43% dessas viagens poderiam ser realizadas de bicicleta, gerando um potencial de economia de 10% das emissões de C02.
Se a tigrada que pega ônibus fosse somada a dos carros e os dois grupos preferissem a bicicleta, a redução de CO2 chegaria a 18%.
A questão é de saúde pública e há gigantescas razões aqui para se estimular o uso da bike e taxar o carro, além de se buscar um combustível mais limpo para os ônibus. Mas enquanto isso não acontece (zzzzzz), vamos a outro indicador interessante, o que a pesquisa chamou de “prazer em transitar pela cidade”.
PRAZER EM TRANSITAR PELA CIDADE
Primeiro a população paulistana em geral:
Raramente ou nunca: 40%
Às vezes: 42%
Sempre ou quase sempre: 18%
Agora, os ciclistas:
Raramente ou nunca: 18%
Às vezes: 37%
Sempre ou quase sempre: 45%
Finalmente, mais um indicador entre tantos outros que a pesquisa – entra lá! – traz.
Economia de tempo no uso da bicicleta.
Trocando o ônibus pela bike (viagens, lembrando sempre, de até 8K)
19 minutos por pessoa, por dia
Trocando o carro pela bike
9 minutos por pessoa, por dia.
QUANTO MAIS CICLORROTA, PIOR?
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Há cálculos de ganho de produtividade, economias para o erário municipal etc, mas acho que este post já ofereceu dados suficientemente eloquentes.
E você, o que está esperando para colocar o pedal na sua rotina?