Quando o corpo declina, a cabeça entra em cena

Paulo Vieira

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PARA UM ATLETA DE ALTO RENDIMENTO, quando o corpo já deu seu máximo, a cabeça se torna o diferencial. É essa é a ideia em que se apoia a recordista brasileira da maratona, a paulista de Cruzeiro Adriana Aparecida da Silva, 36 anos.

Ela espera ainda bater seu recorde de 2:29:17, uma “marca forte”, como ela mesmo diz, conquistada em Tóquio em 2012. Em fevereiro, o recorde completa 6 anos. O palco onde pretende batê-lo em 2018 será as ruas de Berlim, em setembro.

O recorde de Adriana também era sul-americano, mas essa deferência durou apenas dois anos e meio. A brasileira foi superada pela peruana Inés Melchor, hoje com 31 anos, que cravou 2:26:48 na maratona de Berlim de 2014.

Em 2017, Adriana ficou bem longe de seu ápice. Sua melhor marca para os 42K foi 2:35:44 em Hamburgo, na Alemanha, em abril. Em 2016, nos Jogos do Rio, foi apenas a 69ª colocada, a primeira entre as brasileiras, com 2:43:22, distante da marca auspiciosa de 2:31:23, conquistada também em Hamburgo, quatro meses antes.

Adriana na mara de Londres, em 2013/Foto: chmee2/Wiki Commons
Adriana na mara de Londres, em 2013/Foto: chmee2/Wiki Commons

“Estou em busca de bater meu recorde pessoal, é uma coisa bem difícil, é uma marca forte”, disse a este pasquim após liderar a corrida de 12K que abriu o Asics Real Pace, evento do Grande Carvalho com corredores amadores de assessorias esportivas paulistanas de que falamos mais no link abaixo.

CORRENDO MUITO RÁPIDO COM OS MAIS RÁPIDOS DO BRASIL

É PRECISO DAR LOGO UNS TIROS

UMA RECEITA DE TREINO INTERVALADO 

É A CABEÇA, ESTÚPIDO

GINÁSTICA PARA A CABEÇA

A ESTRATÉGIA MADADAYO

“Meu foco está muito mais voltado pra melhorar resultados a partir da experiência que adquiri na maratona do que no treinamento em si”, disse. 

Sei que vai ter uma hora que o corpo não vai responder como antes, mas minha cabeça está muito mais preparada para isso do que quando eu era mais nova.

“Hoje não treino mais forte do que treinava antes, mas treino com qualidade, para, junto com a experiência que adquiri na maratona, fazer um melhor resultado.”

Veja embebida abaixo a íntegra da íntegra concedida ao editor geek deste pasquim.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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