O PRIMEIRO JORNAL QUE VI FAZER ISSO foi O Público, da Terrinha. Um editor com texto escorreito fazia uma seleta das notícias do dia e a enviava em e-mail matinal para um grupo de leitores – eu incluído.
Não faltava estilo ao colega ultramarino, muito sedutor na tarefa de carrear a tigrada para a página digital da publicação portuguesa.
Hoje no Brasil UOL e Estadão são useiros e vezeiros na tática, mas, claro, chamando apenas para seus próprios features. Melhor é estar na lista do Meio, que faz uma curadoria bem mais ampla, publicações internacionais incluídas, cortesia do jornalista Pedro Doria, na linha de frente do site – ou do “canal”, como preferem.
Aplausos para o canal Meio e para Pedro Doria.
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Um dos artigos da pauta de hoje foi extraído da revista digital The Outline. Ele fala de longevidade e dos malucos que tentam esticá-la. Um deles é Bill Andrews, que quer ver nossa vida findar só lá pelos 150 anos.
A longevidade média do homem dobrou em um século, por isso dobrá-la de novo não parece tão delirante assim.
A ideia de boa parte dos cientistas engajados nos estudos de longevidade não é exatamente sustar a morte, embora isso também esteja em pauta, mas fazer a velhice ser menos penosa. Alguns especialistas acreditam que pessoas com 90 anos poderão vir a ter a saúde que tinham aos 50.
A matéria apresenta os estudos e as evidências que corroboram a hipótese. E embora a super-estrutura, digamos assim, não ajude – vide aquecimento global, escassez de recursos naturais, guerras, migração em massa, alimentos industrializados –, a engenharia genética avança.
Os estudos feitos com uma espécie de verme e também com pulgas, ratos e leveduras indicaram que a velhice pode ser retardada se forem estimulados o “sinalizadores” genéticos Insulina/IGF-1 e Alvo da Rapamicina (TOR).
Há mais possibilidade de encontrar mutações que reduzem a atividade do receptor de IGF-1 em matusaléns, ou, vá lá, pessoas que vivem até pelo menos 100 anos, do que em quem parte desta antes.
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Em experimentos com ratos e com uma espécie de verme, algumas drogas têm apresentado resultados promissores: a rapamicina, medicamento usado contra a rejeição de rins transplantados nos homens, aumentou em mais de 14% a longevidade dos roedores; já a velha aspirina, em doses baixas, aumentou em 23% a do verme.
Mas talvez você não goste de saber que, em estudos feitos novamente com ratos, quem come menos vive mais. Dê 65% menos comida a um roeder e ele poderá ter uma vida 60% mais longa.