VOU ME DESPEDINDO DESTA TEMPORADA NO BROOKLYN da Myrte, do Prospect e do Rye (o caussolet de 48 obamas ontem foi o furo final no bote), mas Nova York continua em tela neste pasquim.
Daniel Krutman, nosso colunista do business & Co. da corrida, reaparece hoje para falar sobre o circuito de maratonas das “majors”, as seis cidades que organizam os maiores, mais desejados e mais badalados 42,2K do mundo.
CORRENDO NO BROOKLYN
A MEIA MARA DE NY – I DID IT MY WAY
COMO NÃO CORRER A MARA DE NYC, POR GESU BAMBINO
O QUE É BOM PARA OS STATES É BOM PARA O BRASIL?
MARATONA, O FETICHE
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ANO APÓS ANO, ELAS MOBILIZAM dezenas de milhares de corredores pelo mundo afora. As seis maratonas que são desejo de milhões de pessoas se uniram pela excelência e ficaram ainda mais fortes.
Berlim, Boston, Chicago, Londres e Nova York passaram a se autoproclamar as World Marathon Majors, em 2006. Sete anos depois, Tóquio entrou no circuito.
A união criou o grande circuito mundial de maratonas, uma espécie de campeonato entre os principais corredores do planeta, com premiações recheadas e enorme repercussão na mídia.
Não à toa essas provas são referência em organização, excelência técnica e inovação. A missão de levar avanço ao esporte, prestígio aos atletas de elite e fomentar o crescimento do interesse entre não praticantes é plenamente alcançada.
O calendário em 2017:
Maratona de Tóquio – 26/2 – 36 mil atletas – prova realizada desde 2007
Boston – 17/4 – 30 mil atletas – desde 1924
Londres – 23/4 – 36,5 mil atletas – desde 1981
Berlim – 24/9 – 40 mil atletas – desde 1974
Chicago – 8/10 – 45 mil atletas – desde 1977
Nova York – 5/11 – 50 mil atletas – desde 1970
Além da organização impecável, o que mais chama atenção é como as cidades abraçam os eventos, acolhendo os corredores e levando seus moradores a ir em peso às ruas torcer por desconhecidos em manhãs geladas de domingo.
Milhões vão às ruas e criam uma atmosfera de pertencimento, em que todos são vencedores. É muito mais gente do que você imagina acompanhando de perto as corridas. Os números são assombrosos.
Nova York – 2 milhões de pessoas
Chicago e Tóquio – 1,7 milhão
Berlim – 1 milhão
Londres – 750 mil pessoas
Boston – 500 mil
Toda esta mobilização, além de criar um ambiente emocionante, tem um efeito prático muito importante. Trata-se do crescimento da economia de entorno. A estimativa das prefeituras de Chicago e Nova York é que as maratonas movimentem de 300 a 500 milhões de dólares para suas cidades, respectivamente.
Com tudo isso, é natural que os prêmios para os atletas de elite melhor colocados sejam tentadores: 100 mil dólares nas categorias masculina e feminina.
Mas a premiação final para o melhor pontuador nas seis corridas é o que realmente importa. É um campeonato de pontos corridos, similiar ao da Fórmula 1, que distribui de 25 pontos a 1 ponto entre o primeiro e o quinto colocados.
Os campeões masculino e feminino fazem jus ao pequeno estipêndio de 1 milhão de dólares no fim do torneio.