?; ou, quem sabe, este: !
Sim, o segundo é melhor.
Eu nunca pensei realmente em ter uma tatuagem, mas, nas vezes que considerei o assunto com um pouquinho mais de seriedade, os sinais que se classificaram para os mata-matas foram esses pontos, o de exclamação levando ligeira vantagem.
Vão enfrentar no triangular final o dístico Amor só de mãe, favoritaço.
Mas tem gente com bem menos dúvidas do que eu no tema. Como o Rodrigo Souza, que conheci performando no delicioso Desafio Adidas Boost, domingo passado, na USP. Da prova, aquele 10K + 5K que, se você fizer em tempo absurdamente rápido, ainda dá direito a correr mais 1K, eu falarei mais à frente.
Rio: me espere.
Ao final do 5K, o Rodrigo esperava seu resultado aparecer no telão, e percebi a tatuagem de Papa Léguas em sua panturrilha direita (foto acima). O que leva alguém a tatuar no próprio corpo algo relativo ao esporte? Tirando o escudo do time, essa sandice total, talvez uma profunda necessidade de exibir algo supostamente saudável?
Ou seria a expressão pictórica do que a Vulgata chama de superação?
Seria um fetiche do naipe: terminar uma maratona?
Rodrigo, que trabalha na empresa de transporte da família conduzindo vans, fez um tempo animal na prova, 40’54” no 10K e 19’49” no 5K. Passavam 200 entre os homens, e ele ficou em 205º. Treina umas três vezes por semana, na esteira, onde já fez um sub-40.
No ano que vem encara a Serra do Rio do Rastro, um 25K em subida. A famosa prova da Mizuno. Até hoje só se circunscreveu às provas de 10K e 5K, que ele calcula ter feito umas 35, 40 vezes.
Não é incomum ver gente com símbolos da corrida pelo corpo. No estúdio Tattoo You, de São Paulo, um censo informal indica um novo tatuado por mês. Criatividade não é a coisa melhor distribuída: muitas vezes o símbolo que vai para o corpo é o logotipo da prova (a ser) conquistada, como a meia e a maratona do Rio.
Na Led’s Tattoo, o movimento é maior: por mês são dez pessoas que se tatuam com imagens alusivas à corrida. O total de quilômetros a ser vencidos “sai” bem; a área do corpo preferida para receber o carimbo é a perna.
Eu ainda prefiro o ponto de exclamação.
E o amor só de mãe.
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Erramos do Erramos
Juro que a metalinguagem é involuntária. Havia um erro crasso no post de ontem, Erramos, como sói acontecer. O texto já foi alterado, mas que se consigne para todo o sempre este Erramos do Erramos. Desde 2011, autores de reportagens com erros considerados “graves” pela entidade Secretaria de Redação da Folha de S.Paulo são identificados por nome e sobrenome no Erramos. Destarte, a hipótese “A um confrade de César não basta ser honesto” mencionada não se sustenta.
Parafraseando a The Economist, perdão.