5 dicas para se dar bem em provas de revezamento

Julia Zanolli

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Prova de revezamento pode ser uma curtição ou um mico, tudo depende da organização. Esse clima de “juntos somos mais” trás uma série de benefícios para quem está precisando de um pouco de comprometimento e emoção com o exercício.

Em primeiro lugar, porque se ficar na várzea cabulando treino antes da prova não é só você que vai se dar mal: são os outros sete caras que estão no mesmo barco que você. E também porque tem toda uma adrenalina em percorrer uma distância enorme, ainda que em grupo.

Por isso conversamos com Silvio Alves Junior, fundador da Pé no Mundo Adventures, que agita equipes para provas casca grossa Brasil a fora. Ele dá dicas a quem quer se dar bem em corridas de revezamento, confira.

1) Procure atletas com mesmo perfil, nível e objetivos: Ao montar sua equipe para uma prova de revezamento, tenha muito claro quais são os objetivos dos participantes. Também é importante saber os níveis de condicionamento de cada um, para que seja possível equilibrar as expectativas de todos. Por exemplo, uma pessoa que corre num pace rápido e está em busca de troféu ou uma boa colocação, se sentirá frustrada em uma equipe com pessoas de velocidade mais baixa e que buscam diversão. Ou vice-versa, uma pessoa pode se sentir cobrada por resultados enquanto que seu objetivo era apenas divertir-se com os amigos no fim de semana. Ambas opções e perfis são válidos, basta apenas ajustar as expectativas entre os membros das equipes.

2) Logística: Em uma prova de revezamento com equipes de quatro ou mais participantes, um dos itens que exige maior atenção é a logística da prova. Quem vai fazer qual trecho? Quantos quilômetros são entre um trecho e outro? Qual o tempo médio que o corredor leva para percorrer essa distância? Qual a dificuldade de locomoção com os automóveis? Há muito trânsito? Quantos carros são permitidos por equipe? Quem deixa os atletas? Quem recolhe os atletas e onde? Tudo isso deve ser organizado com antecedência para evitar surpresas no dia da prova.

3) Comunicação: O que mais vemos hoje em dia nas provas de revezamento são os grupos criados no Whatsapp, que facilitam a comunicação entre os membros do time. Mas para provas de montanha ou em locais remotos, leve em consideração que pode não haver sinal de 3G e muito menos de celular. Então um bom plano de comunicação estabelecido entre o time e discutido previamente facilita muito a vida dos atletas.

4) Liderança: A escolha de um bom capitão para as equipes também faz toda a diferença. O capitão é a pessoa que vai coordenar toda logística, conversar com o grupo antes, colocar todos em contato e incentivar a interação entre os times. Se tudo isso estiver bem afinado, fica mais fácil curtir o dia, as belas paisagens das provas e se divertir. Portanto o capitão é fundamental para fazer com que seu time fique entrosado (muitas vezes os corredores acabam se conhecendo somente nos dias da prova), além de garantir um bom plano de execução de todo revezamento.

5) Conhecimento dos percursos e correta distribuição entre os membros do time: É importantíssimo conhecer cada atleta, seu perfil e seu condicionamento. Assim como conhecer cada trecho do revezamento, seus desafios e dificuldades, para fazer uma correta distribuição entre os atletas. Colocar alguém mal condicionado para correr um trecho extremamente técnico, difícil, com uma altimetria elevada pode acabar frustrando ou até mesmo lesionando o atleta. Assim como o contrário também se aplica, ou seja, colocar um atleta extremamente condicionado para correr um trecho curto, fácil e sem desafios maiores, fará com que a pessoa também fique decepcionada. Portanto, conversem entre si, conheçam os desempenhos e performance de cada um e façam uma distribuição balanceada.

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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