Vestindo a corrida

Paulo Vieira

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Já foi dito aqui, possivelmente será dito outra vez enquanto este site (e seu patrocinador) existir. É tênue o limite entre a saúde e a mania, a endorfina e a sandice.

Há muitos corredores que até outro dia estavam fortes no halterocopismo e no arremesso de bituca e hoje já correm intensamente contra o relógio ou buscam acrescentar, não sem certa obsessão, mais quilômetros em suas provas.

Assim como a paternidade, é muito fácil entender quão cativante a corrida é quando você está deste lado da coisa. A sensação de bem estar às 9 da manhã após uma rodagem, digamos, de 18K, é gloriosa.

Tipo ontem, na minha preparação para a Mara de SP. Só que acabou um pouquinho depois das 9h. Vida de frila, sacumé.

Destarte, é também muito fácil entender a vontade que muitos corredores têm em aumentar o “vocabulário” de corrida em suas vidas. Foi assim que surgiu a loja Correria, por exemplo, cujo carro-chefe é a camiseta de algodão para usar no dia-a-dia. Moda não para os treinos, mas para o “pós”.mockup_cam_f_dicionario

As camisetas têm frases como Maratona Mode On; Intervalado, passada, tiro e trote; e há também a do lado, à maneira dos dicionários: Corredor: 1. Aquele que corre muito. 2. Atleta que toma parte em uma corrida de velocidade, a pé ou em veículo. 3. Alguém que é extremamente feliz.

Elas custam R$ 59 mais o frete (para São Paulo, de pelo menos R$ 16,50). Pelas minhas simulações no site, o frete é abolido quando você encomenda duas camisetas.

Os três sócios da Correria são corredores, ora pois, mas a Marcia Bina sofreu um atropelamento há cinco meses quando se preparava para ticar uma prova de 5K em Balneário Camboriú; com isso, precisou adiar um pouco os planos de encarar a maratona. Seu irmão, que mora em São Paulo, agora “corre por ela”, em suas palavras. “Ele sabe o quanto eu sofro por não poder treinar.”

No dia da maratona, vista esta
No dia da maratona, vista esta

Como talvez seja um pouco over propagar dia sim, dia sim, seu amor pela corrida, você pode dar uma busca nos brechós mais engajados e descolar uma camiseta com a figura do velho João Ferrador, o personagem sindical da foto ao lado, e ainda pagar de esquerdista vintage no mientras tanto.

Vai ser bafo.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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