Como diferenciar o treinador de um “motivador”

Paulo Vieira

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DARLAN DUARTE, EDUCADOR FÍSICO E SÓCIO da Pacefit, uma das mais atuantes assessorias esportivas de São Paulo, levantou esta semana uma bola interessante.

Em conversa com este pasquim, manifestou preocupação com os “motivadores”, como chamou os sujeitos de pouca capacitação técnica e acadêmica que vê surgir no mercado de corrida.

Darlan é parte interessada e o corporativismo grassa em toda parte, mas o tema é muito pertinente. Por isso pedi que ele ajudasse a tigrada (noyz!)  a diferenciar um motivador de um educador físico.

Eis as características de um verdadeiro treinador na opinião do parça.

1. O treinador treina. Parece óbvio, mas é improvável que um treinador motive em alto nível sem servir ele próprio como referência. [Ele explicou seu ponto a pedido deste pasquim: como o treinador certamente vivenciou na própria pele experiências de corrida, é capaz de transmiti-las com mais propriedade.]

2. Ele vive o que vende. Por isso dificilmente teria tempo – e vontade – de aparecer nas timelines dos alunos tendo como cenário outra balada da semana.

3. Sempre diversifica, ou seja, o treinador está constantemente atras de um novo desafio.

4. Leva o treino a sério. O que significa que, se for um bom profissional, vai ficar bravo de verdade com os alunos que não vão treinar por pura preguiça.

5. Ama o que faz. Você vai conseguir enxergar claramente que o treinador não queria estar em outro lugar senão aquele mesmo – ou seja: dando treino.

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E como aqui o jogo é sempre de campeonato, este JQC aproveita o ensejo para embeber um vídeo dos primórdios em que o Darlan ensina alguns interessantes exercícios educativos de corrida.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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