EIS UMA TRIBO ESTRANHA. Domingo, breu ainda às 6 da manhã, 13 graus com sensação térmica de 10. Inverno, finalmente. E uma legião de malucos de pernas de fora dominando uma grande área do vetusto shopping Eldorado, em São Paulo.
A maior parte se alongava, dava pequenos piques, aquecia-se enquanto não começavam as corridas de 7,5K e 15K, as distâncias queridas da marca americana New Balance.
Considerando que a New Balance está presente em duas maratonas do circuito major, a de Nova York e a de Londres, é bastante tímida sua atuação no Brasil. Mesmo assim, sua prova gerou um certo “buzz” entre os corredores.
Mas podia gerar mais. Havia ainda sorteio de passagem e inscrição para a mara de Nova York, mesmo que fosse necessário usar tênis New Balance para concorrer. Tratava-se de mais um diferencial que parece não ter chamado tanto a atenção.
(É verdade que havia ainda, para ajudar, uma etapa do Circuito das Estações com três distâncias diferentes rolando no Pacaembu.)
Concluíram a New Balance cerca de 3 mil corredores, se o número de pessoas que não aparecem na cronometragem oficial, como eu, for desprezível.
Como disse sobre prova parecida, um 10K da Track & Field na mesma Marginal Pinheiros, não há outra coisa a fazer numa prova em lugar tão pouco atraente como esse senão sentar a bota.
Saber se vai ser possível manter o ritmo até o fim da corrida é em geral a única ideia que acomete o corredor. Nessas circunstâncias, a síndrome da linha de chegada fica ainda mais acirrada.
Se eu tinha uma meta, era correr para menos de 1:10. Deu bom. Foi algo na casa do 1:08.
Até o fim do dia, meu tempo não apareceu na cronometragem oficial.
Considerando que eu cheguei cerca de 22 minutos depois do vencedor, Ronicesse de Lima, não sei muito bem por que tanto quero saber desse tempo.