Garrafa de guerrilha

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O cinto de hidratação, muito presente na cintura de maratonistas e demais assíduos frequentadores de nutricionistas, é um artefato que merece todo o nosso respeito. Imaginem como o futuro da nossa espécie teria sido diferente se nossos antepassados macacos pudessem carregar consigo não apenas uma, mas até cinco garrafinhas de água na cintura – mantendo as mão livres para caçar ou mesmo para a coordenada cadência da corrida.

Isso dito, chegamos ao que importa: muitos corredores se sentem fortemente constrangidos ao usá-los. Apesar de muito funcionais, são o equivalente às pochetes das pistas. No caso de pangarés como eu ele ainda é desnecessário e um pouco pretensioso. Mas pangaré também sente sede, fazer o que?

Esconder garrafinhas pelo caminho é uma solução para se hidratar mesmo quando você não leva água com você. Exige uma certa logística, mas quebra o galho nesse agressivo verão canarinho. Se o seu trajeto é ponto a ponto, ou seja, começa em um lugar e termina em outro, vale se planejar para muquiar a água no meio do caminho. Mas se é mais ou menos circular e você passa mais de uma vez pelo mesmo ponto, esconder a garrafinha é ainda mais eficiente.

Esqueça os squeezes e demais recipientes descolados. A garrafinha não pode ser tão legal a ponto de despertar o desejo dos malandros, nem tão fuleira a ponto de parecer lixo. Seja discreto e incisivo: nomeie a sua garrafa. As pessoas vão saber que tem dono mas não vão ficar com vontade de levar para casa. E jamais deixe uma garrafa de plástico na rua, programe-se para jogá-la no lixo quando terminar.

Aqui vão alguns exemplos práticos. Quem tiver mais ideias de bons esconderijos, por favor mande para a gente!