Um 16K pelas trilhas da Pedra Grande, com Carlos Dias

Paulo Vieira

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PROVA VIVA DE QUE O DITADO “devagar se vai ao longe” ainda faz sentido, o ultramaratonista Carlos Dias não passa um ano de sua vida sem um grande desafio de corrida – lentíssima – a cumprir.

Este ano ele sai do Chuí, extremo sul do Brasil, e cruza o país até chegar ao Monte Caburaí, o novo extremo norte da Brasilândia, que roubou para Roraima, no photochart, a tradicional posição do Oiapoque, no Amapá.

O projeto chama-se “Dois Extremos”, e ele pretende financiá-lo com ajuda de patrocinadores e de pessoas físicas, que podem comprar “quilômetros” – veja como aqui. Dez por cento do que arrecada é destinado ao GRAACC, entidade de referência no tratamento do câncer infantil e do adolescente.

Carlão começa a jornada em 1º de maio e não pretende pegar atalhos pelo meridiano das Tordesilhas. Vai mesmo é costeando o Brasil, da monotonia das praias do Rio Grande à loucura das marés do Maranhão. Depois dá um jeito de vencer as lonjuras amazônicas.

Pretende totalizar 10 mil K em 200 dias, média, façamos a conta para o leitor preguiçoso, de 50K por dia.

Paulada.

Em 2017 a parada foi um pouco diferente. Carlão passava 24 horas a correr em algumas capitais do Brasil – além de Porto Seguro. Entre as etapas havia ao menos uma semana de descanso.

O editor deste pasquim esteve com ele na primeira etapa do desafio, no Rio, e nas duas de Sampa, como você pode ver nos links abaixo.

ESPECIAL MARA DO RIO – UMA RODAGEM DE 3H30 COM CARLOS DIAS NA VÉSPERA DO DIA M

O DESAFIO 24 HORAS CHEGA A SAMPA

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Mas não era disso que eu queria falar (ainda). Acontece que no domingo próximo o Carlão comanda uma prova de 6K e 16K pelas trilhas da Pedra Grande, em Atibaia.

Trilhas mapeadas, estrutura hoteleira com piscina gigante, coisa fina. Sem falar na visão maravilhosa da Cantareira, do Japi, do Piko do Jaraguá e do sítio que pode vir a ser o Waterloo do Barba.

As inscrições podem ser feitas pelos principais sites de inscrições de corrida, como o Ticket Agora e o Ativo, e custam 180 pratas. A base é na pousada Pedra Grande, e ganha um prêmio especial quem conseguir correr mais lento (e ir mais longe) que o Carlão.

Pórtico de chegada/Foto: Alexandre Possi/Wiki Commons
Pórtico de chegada/Foto: Alexandre Possi/Wiki Commons

Carlão proverá equipe especializada de fisioterapia esportiva para atendimento aos atletas durante a prova e após sua conclusão, além de atendimento médico.

O mais legal é o almoço de confraternização, incluído no valor da inscrição (bebidas à parte). Acompanhantes pagam 70inha e também podem usar a piscina.

Mas tragam suas próprias toalhas.

Se tiver dificuldades nos sites, manda um whats pro Carlão: (11) 97439-4151

 

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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