Suco de fruta: modo de usar

Paulo Vieira

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NUTRI TITULAR DESTE pasquim, Livia Hasegawa volta a estas páginas para um assunto muito apropriado para o clima: suco de fruta, panaceia ou armadilha?

Muitos ignoram que a presença excessiva no organismo da frutose, açúcar simples derivado das frutas (e também do xarope de milho dos alimentos industrializados), pode ser mais perigosa que o excesso de glicose oriundo da sacarose (açúcar da cana).

Que fazer?

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AFINAL, CONSUMIR SUCO DE FRUTAS faz bem ou mal?

Sempre falo: aquilo que é fornecido pela natureza é sem dúvida a melhor opção para nosso organismo.

Assim, entre comer ou “beber” a fruta, sempre prefira comê-la. É a forma mais íntegra do consumo do alimento, quando todos os seus benefícios são aproveitados, sem perda de nutrientes e mantendo aquele equilíbrio nutricional entre frutose, fibras e vitaminas que só a natureza proporciona.

Beba com moderação, coma, coma sem tanta/Foto Pixnio
Beba com moderação, coma, coma sem tanta/Foto Pixnio

O problema do consumo de sucos é que ele é fruto de um desequilíbrio: saem as fibras, ficam apenas a frutose, a água e algumas vitaminas.

Ao tomar um suco, temos a chance de ingerir uma quantidade maior de carboidratos, já que, se pensarmos, é muito fácil tomar um copo de suco: é líquido, não é preciso mastigar.

A chance do “excesso” é muito grande. Tente imaginar quantas laranjas estão presentes em um, dois, três copo de suco. 

Mas não é preciso tomar o assunto com radicalismo – há trabalhos que mostram que o suco de laranja possui, por exemplo, propriedades anti-inflamatórias.

Na minha visão não entra o radicalismo. Indico o consumo de frutas moderado (200ml ao dia, em média) para quem não apresenta nenhum problema mais sério com o consumo de carboidratos. A preferência, sempre que possível, é da fruta, não do suco. 

Lembrando que estamos aqui falando de sucos naturais, não adoçados, ok?

MAIS LIVIA HASEGAWA NO JQC

Livia Hasegawa – Nutricionista esportiva e funcional formada pela USP
nutricaoesportivaeclinica.com

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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