VOCÊ NÃO PEDIU, MAS NÓS, TEIMOSOS qual uma cabra no cio, estamos de volta. Depois do tremendo sucesso – para nossos padrões – do post de anteontem, link abaixo, este pasquim volta com as maratonas a correr em 2018.
CINCO MARATONAS PARA CORRER NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2018
Agora no segundo semestre, para dar tempo de cacifar a inscrição. Note que o semestre JQC começa em junho. Desculpe o transtorno.
JUNHO
ESTOCOLMO
Dia: 2
Também: niente
Site: stockholmmarathon.se
A linda capital sueca é cenário de uma das maratonas mundiais patrocinadas pela fabricante japonesa Asics. Em 2018, a festa é maior, já que o evento celebra sua quadragésima edição. Assim como Nova York, a mara daqui toma as ruas de todos os distritos da cidade – sete, no caso.
E se há essa semelhança com a mara da Grande Maçã, há também com a de Amsterdã. Aqui largada e chegada são no estádio Olímpico. Depois, boa parte do percurso é ao longo dos inúmeros canais que levam e trazem a água do Báltico, o que minora o incômodo das idas e vindas do percurso.
Que mais? É fim de primavera e o solstício de verão estará para acontecer, então comece desde já a se adaptar para o sol que nunca se põe – é estranho, vai por mim. E informe-se sobre os papéis necessários para pedir asilo político e econômico, já que o cenário eleitoral brasileiro promete.
FLORIANÓPOLIS
Dia: 3
Também: meia, 7K
Site: 42kdefloripa.com
Quem não tem a princesa Vitória, rainha do trono da Suécia, caça com Santa Catarina. Se não tiver pixo para viajar a Estocolmo, quem sabe Floripa? A mara da cidade, que vai para sua terceira edição, tem um grande atrativo para quem gosta disso: velocidade. A elevação máxima aqui é de 18 metros.
Desta vez o trajeto ganha o continente. Passados apenas 2K da largada, os corredores atravessam o Atlântico e ficam até o 10K conhecendo a via costeira do Estreito, o principal bairro da Floripa continental; depois tomam a ponte de volta e aí, na ilha de novo, seguem pela Costeira Sul até quase a Ressacada, o estádio do Avaí.
Daí são 10K exatamente pelo mesmo caminho no retorno até a Beira-Mar Norte, onde se descortinam outros 8K, metade disso coincidindo com o final da prova. Para quem é useiro e vezeiro do Ironman da ilha da Magia, cuja maratona rola em Jurerê, pode parecer um tanto aburrido. Mas o marzão está sempre por perto.
SETEMBRO
UBATUBA
Dia: 22
Também: meia e revezamentos (dupla a quinteto)
Site: desafio28praias.com.br
Se a edição Costa Sul já era negócio sério, a versão Costa Norte do Desafio 28 Praias é de enlouquecer. Especialmente quando se está no trecho 4, entre a linda Itamambuca e a praia do Cruzeiro, já na área central de Ubatuba.
Prepare-se para singletracks em que será preciso pegar forte na mão de Deus, digo, pegar forte nas cordas amarradas em pontos estratégicos da trilha. Amantes do off-road vão adorar uma chuvinha nas costas, que é para dar aquela enlameada geral e impressionar no Instagram.
Aqui definitivamente tempo não pode ser uma preocupação e é prudente economizar forças para a segunda metade da prova, que começa justamente em Itamambuca – pelo amor de Deus, cuidado para não escorregar nas pedras.
OUTUBRO
LAUSANNE
Dia: 28
Também: meia, 10K, caminhada
Site: lausanne-marathon.com
O pessoal não anda muito criativo em termos de percurso, mas ir e voltar sempre à beira do lindíssimo lago Léman não vai deixar nenhum corredor boladão. É que o lago é imenso e avista-se lá do outro lado Évian, na França – vai vendo como é a hidratação da prova.
Largada em Lausanne no Párc de Milan, passagem da meia logo depois de Vevey (a cidade da Nestlé) e pórtico de chegada no museu Olímpico, novamente em Lausanne. Pena que, por meros 5K, Montreux fica fora do trajeto. Seria legal pedir a benção, lá pelo 26K, para o Fred Mercury prateado, digo, esculpido, aquele velho braço direito erguido na pose imortal.
Depois, ache um dia na sua programação para subir as montanhas rumo Chexbres, onde todos os terraços de cultivo de uvas brancas têm a vista dramática do Léman, lá embaixão.
NOVEMBRO
PORTO
Dia: 4
Também: 15K, 6K (corrida e caminhada)
Site: maratonadoporto.com
É difícil cravar qual é a cidade mais bonita de Portugal, mas o Porto é phoda. O Douro, os tabuleiros da velha ponte, a Ribeira e os barcos rabelos, a Torre dos Clérigos, o coração de dom Pedro (o nosso I, o IV deles) na igreja da Lapa.
Bem, mas viemos aqui para correr, não? Então nada de atravessar (ainda) o Douro para se esbaldar com o famoso vinho fortificado local – as caves ficam do outro lado, em Vila Nova de Gaia.
Largada e chegada são no parque da Cidade, na vizinha Matosinhos, e há várias idas e voltas pelos mesmos pontos, mas o itinerário é quase sempre às margens do Douro.
Ápice no 20K e no 28K, quando é preciso – chato! – atravessar o Douro pela ponte dom Luís I. Pelo tabuleiro de baixo, claro, não surta.