ACABO DE ACRESCENTAR MAIS UMA FRUSTRAÇÃO à minha já longa lista delas. Fui doar plaquetas, como havia combinado com o banco Sangue Bom, Z.O. de São Paulo. A fita estava marcada havia uma semana, mas na hora H fui desautorizado a fazê-lo.
Foi meu “basal”, a frequência cardíaca de repouso, que me reprovou. De nada adiantou ter explicado que desenvolvi minha amada bradicardia – ou coração de atleta – por conta de uma dieta regular e longeva de corridas.
BRADICARDIA, EU TE AMO
O CÁRDIO NABIL GHORAYEB CONVERSA SOBRE O CORAÇÃO
DESVENDANDO O CORAÇÃO
Avisada por telefone, a médica responsável achou que 40 batidas por minuto compunham uma marca de risco, e me gongou.
A tal bradicardia sinusal é o nome que se dá ao aumento do volume do coração. Em atletas e pessoas bem condicionadas, é justamente o condicionamento físico que o provoca – e, claro, isso não é ruim. Pelo contrário, possibilita que o músculo-rei bombeie mais sangue – até 40% mais do que o de um sedentário – com menos esforço.
Para escrever este post, consultei por telefone a fisioterapeuta especializada em atividade física em saúde, doença e envelhecimento pela Faculdade de Medicina da USP, Andrea di Vanna, que me disse que o procedimento da colega foi correto: trata-se de uma praxe.
Sugeriu que eu levasse uma carta de meu cardiologista garantindo que esse “basal” não representa risco na hora da doação.
Eis uma boa razão para voltar a ver um(a) cardiologista, coisa que não faço desde… 2013.
Minha conversa em fevereiro deste ano com o doutor Nabil Ghorayeb não vale: quem foi a seu consultório no Ipiranga foi minha recorrente persona de entrevistador.
Portanto, como já disse aqui, não faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
Do contrário, você também não conseguirá doar sangue.